Favorito é outro. Palmeiras 0 x 1 Cruzeiro.
Não é qualquer time que sofre um ataque como o que Fábio impediu de Borja em mais uma das tantas defesas importantes que faz e, na sequência, desarma Dudu e, numa troca de 9 passes, depois de 11 segundos, acaba dentro da meta do afobado Weverton, encerrando jejum de 11 jogos sem gol de Barcos.
Esse é o Cruzeiro bem trabalhado e planejado por Mano principalmente fora de casa. Quando executou Santos e Flamengo e, depois, não soube administrar o empate que servia. Mas se classificou perdendo gols e jogos. Desta vez, fez 1 a 0 bonito aos 5, aproveitando botes errados e a desorganização defensiva no lance do Palmeiras que só tinha levado dois gols com Felipão. Teve o time azul mais um bom contragolpe no lance que lesionou Arrascaeta, no final do primeiro tempo que já controlava pelo nervosismo paulista. E, também por isso, não chegou mais.
O Cruzeiro na etapa final deu a bola e o campo ao Palmeiras que não pareceu sentir o gol precoce aos 5 e criou quatro lances até os 13 iniciais. Depois se perdeu nos erros individuais de uma jornada ruim inusitada para o que esse elenco vinha correspondendo. Ainda assim teve seis chances até o final do jogo. Uma delas doada por Egídio, que só não fez golaço contra porque Fábio é monstro.
Mas até ele falha. Aos 52, só errou bem menos que o árbitro Wagner Reway. Numa bola levantada na base do bumba-meu-porco à área celeste, Fábio se atrapalhou com os próprios zagueiros numa disputa sem falta com Edu Dracena. A bola escapou e Antonio Carlos só não empatou porque antes de a bola entrar, o afobado e desatento árbitro esqueceu a recomendação de deixar o lance fluir e, na dúvida, acionar ou ser alertado pelo VAR. Reway já marcou a falta inexistente antes da finalização de Antonio Carlos e impediu o auxílio da tecnologia ao parar antes o lance. Palmeiras duplamente prejudicado num só lance. Como havia sido no Derby por duas falhas da arbitragem, quando um pênalti em Deyverson foi seguido por outro em Marcos Rocha também não marcado.
O Cruzeiro que sofre no BR-18 com cinco lances de gol mal anulados, desta vez foi beneficiado no final – como o árbitro fizera no finalzinho do jogo contra o Santos no Mineirão. Para não se complicar em lance polêmico, optou pela defesa para evitar perigo de gol, e foi atacado por todos os lados pelo erro grave. Não houve carga de Dracena e nem o braço esticado dele pode ser interpretado como falta.
A irritação pelo lance parecida com a que levou Edilson expulso aos 35 pode ser o combustível verde para a dura volta em Belo Horizonte. Onde o Cruzeiro perdeu seus últimos confrontos. É mesmo assim saiu ileso.
Segue aberta a disputa. Mas o favoritismo trocou de lado.
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