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Blog do Mauro Beting

Pré-temporada. Palmeiras 1 x 0 Botafogo de Ribeirão Preto

Mauro Beting

23/01/2019 23h15

É muito cedo pra elogios e também críticas. Mas não é tarde para dizer que o Palmeiras começa como terminou a temporada. Vencendo. E com potencial para jogar e ganhar mais. Como fez no primeiro tempo. Não na segunda etapa chocha.

1º TEMPO – O Palmeiras mais vivo que o esperado quis jogo e começou apertando e surpreendendo o Botafogo nos primeiros 20 minutos. Mereceu a vantagem conquistada com Deyverson, aos 20, no rebote da falta forte batida por Bruno Henrique. Mas deu mole atrás pelas laterais que o Fogão aproveitou, além das bolas paradas. Ainda assim foi melhor em campo.

2º TEMPO – Com Carlos Eduardo estreando espetado e bem aberto pela direita, o Palmeiras começou intenso, com Zé Raffael rodando menos, e Scarpa atrás do comandante de ataque. Mas a falta de melhor preparo físico impediu uma etapa melhor do que a primeira. Mesmo com Lucas Lima aos 15 substituindo Zé Rafael, abrindo Scarpa pela esquerda. O Botafogo não teve coragem. Felipão mesmo assim fechou demais a casinha, com Thiago Santos e Felipe Melo na intermediária, a inusitada linha de três com Lucas Lima, Bruno Henrique e Carlos Eduardo à esquerda, e Deyverson na frente.

BOTA-TEIMA – Na cabine da Jovem Pan, não vi os três pênaltis reclamados pelo Botafogo e esperneados pela imprensa de sempre. Como também não vi o puxão em Carlos Eduardo no pênalti que foi marcado. O que vi lá de cima, não teria marcado nenhum deles.

Revendo pela TV – não marcaria o pênalti quando Dudu cai na área no começo do jogo; não marcaria o pênalti em Pimentinha; marcaria fora da área a falta de Lucas Lima em Leonan; não marcaria o pênalti em Carlos Eduardo; marcaria como pênalti de Felipe Melo que árbitro marcou fora da área. Mas já que o árbitro marcou o de Carlos Eduardo, poderia ter marcado outros lances semelhantes.

CHANCES DE GOL – Palmeiras 7 x 2 no primeiro tempo; Palmeiras 2 x 1 no segundo. TOTAL – 9 x 3 Palmeiras.

O LANCE – Bela defesa de Prass, aos 27 do segundo tempo, evitou o empate na bola parada.

O CARA – Dudu fez seu centésimo jogo no Allianz Parque. E fez bom primeiro tempo até ser substituído pelo estreante Carlos Eduardo.

A ESTREIA – Zé Rafael quis jogo. Mas errou além da conta tecnicamente, embora taticamente tenha feito mais do que o esperado para início de temporada. Caiu como todo o time na segunda etapa.

TÁTICA – Felipão manteve o 4-2-3-1 esperado, mas com maior movimentação e dinâmica dos três meias: Dudu, Zé Rafael e Scarpa se mexeram bastante, não guardando posição. Bruno Henrique chegou e jogou bem como sempre, como os laterais. Na segunda etapa, Carlos Eduardo jogou na dele, bem aberto pela direita, com Zé Rafael mais aberto à esquerda até sair. Botafogo no 4-2-3-1 reativo, mais vivo com Leonan e o abusado Pimentinha.

NOTAS – Palmeiras 6 x 4 Botafogo. O jogo: nota 5.

CHUTE INICIAL – Palmeiras 2 x 1 Botafogo.

NO FRIGIR DAS BOLAS – Felipão e Paulo Turra tinham prometido uma equipe mais direta ainda e trabalhando melhor a bola pelos lados. Já deu pra ver a filosofia em campo com lances bem pensados pelos cantos no primeiro tempo. Um time que promete ir além do que conquistou em 2018. Mas ainda vale para o Palmeiras e para todos os grandes. Só vai dar pra saber mesmo o que será a partir da sexta rodada.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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