Juan! Flamengo 3 x 1 Cruzeiro.
Juan parou vencendo um Cruzeiro que não perdera os 22 jogos anteriores em 2019. Juan venceu com seu Flamengo de virada no Maracanã uma partida em que Bruno Henrique funcionou como centroavante, Gabriel foi bem pela direita, Arrascaeta fica melhor pela esquerda, Everton Ribeiro não fica desconfortável por dentro, e o Cruzeiro precisa tentar jugar mais atacando os rivais desse nível.
Mas ainda é só o início do BR-19 para dois dos favoritos ao título.
Só que é o fim do Juan em campo.
Fim, não. Chuteiras penduradas.
Aposentadoria, não, que ídolos apenas trocam de roupa. Como heróis, deixam suas capas e fantasias e vestem seus pijamas e roupas de gente comum. Por mais incomuns que tenham sido.
Mas Juan é daqueles que sempre foram comuns. Por isso incomum do avesso. Calado, quieto, na boa, na ótima, na colocação, na antecipação, na classe, na categoria, jogou como se falando baixinho. Fazendo mais do que falando.
Não ganhava no grito. Não perdia no modo mudo. Ele simplesmente defendia. Como pede o mundo: para se defender não é preciso atacar. Basta fazer o seu por nós. Não fazer nós cegos que não desatam. Desunem.
Juan é daquele classe de zagueiros de estirpe e de estilo que não matam jogada. Criam lances. Não faz falta em campo. Faz muita falta fora dele.
Dom Juan era um conquistador. Juan é um defensor da fina arte de defender a meta e conquistar confiança. Sem alarde. Sem alarme de incêndio. Na calma que rima com alma. Na categoria que é bater na bola se doando, não bater na canela doendo, ou no peito danado.
Juan era oásis em qualquer zaga. Deixa deserta a grande área. Mas cria legado de seriedade, sobriedade e conquistas.
Na fala mansa como a bola. Na saudade deixa quem gosta de futebol independente de camisa.
Obrigado, Juan, pelo Brasil que defendeu e pelos clubes que honrou.
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