Papai Noel existe. E veste vermelho
28 de maio de 2003. Milan campeão da Europa nos pênaltis contra a Juventus. Jogo em Old Trafford. Segundo o craque-bandeira Bobby Charlton, o "Teatro dos Sonhos" do seu Manchester United.
Delírios também de Jordan, 12 anos, que foi levado pelo pai Brian à primeira das 3 finais de Champions que viu no campo. Torcedores do Sunderland, só assistiriam a uma final como aquela se fosse entre outras equipes.
Quando tocou o tema da Champions, Jordan falou pro pai: "Daddy, um dia eu vou jogar lá dentro". E jogou em 2018 e perdeu em Kiev. Como capitão do Liverpool desde 2015. E ontem levantou em Madri a sexta orelhuda dos Reds. Pouco antes de celebrar a conquista com seu pai no abraço da foto. Abraço que por meses ele não pôde dar no pai que não queria por o querer tanto.
Dez anos depois da final que fez o menino Jordan sonhar, o pai lutou contra um câncer na garganta que o debilitou a ponto de não querer ver o filho. O treinador do Liverpool Brendan Rodgers liberava dos treinos sue bravo volante box-to-box. Mas o pai impedia o filho de o ver. Não queria que Jordan se abatesse. Ou não queria mesmo era mostrar a ele como ele estava combalido.
A doença foi superada. O pai que levou o filho sonhador 16 anos antes a Old Trafford era o mesmo que, mais uma vez, estava ao lado dele no campo e também junto de milhares e milagres no Wanda. Cantando a canção que diz que ninguém vai andar sozinho.
No Liverpool, mesmo torcendo pelo Sunderland, aquele menino cumpriu a promessa de 2003.
O Natal de 2019 chegou mais cedo. E o Papai Noel existe mesmo para as crianças boas. Vem do Norte. E veste vermelho.
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