VAR ou racha. Internacional 3 x 1 Bahia.
No jogo, na bola, o Inter manteve os 100% como mandante. Na primeira etapa no belíssimo Beira-Rio onde em fevereiro de 1989 ganhou o esticado BR-88, o Bahia mostrou suas qualidades e opções, mesmo sem Elber e Artur pelos cantos para dar velocidade. Mesmo sem o maior ladrão de bolas do BR-19 Gregore, e sem o zagueiro titular Ernando. Com os laterais alargando o campo e os bons Caiyke e Ramires se aproximando de Fernandão, o Bahia chegou perto da meta de Lomba.
Mas o Inter foi mais decisivo e criativo. E seria muito melhor na segunda etapa.
Também pelo gol validado pelo VAR do cada vez melhor volante Lindoso. O substituto de Dourado em um trio que tem Edenilson jogando muito, Nonato e/ou Patrick bastante, e todo o Inter muito bem. Como D'Alessandro em sua partida 450 pelo clube. Doze títulos em 11 anos. 92 gols. E atuações de menino-craque como ontem no Beira-Rio. Ele e Sobis jogando como sem fossem o menino que é Roberto, que substituiu bem Moledo, na zaga.
O segundo gol colorado foi falha feia do ótimo Douglas, de cinco grandes defesas em Porto Alegre. Como na sequência falhou Lomba no gol de Fernandão.
Mas tudo foi condicionado pelo primeiro gol colorado.
Quando Lindoso entrou de carrinho e fez 1 a 0, eu estava atrás da meta de Lomba, comentando o jogo no gramado pela TNT. Lance do outro lado do campo eu observo pelo telão do estádio. Na imagem que vi, de cara, o volante gaúcho estava impedido.
Sem contestação.
A demora para a definição pelo VAR me pareceu excessiva. Mais uma vez. Mas o próprio protocolo manda, não recomenda, que melhor tentar levar mais tempo para acertar (ou minimizar o erro) do que acelerar e ser infeliz na interpretação.
Confesso que levei um susto quando se deu o gol. Vendo ainda no gramado as imagens, mais ainda. Conversando com atletas e dirigentes do Inter, a mesma impressão.
Pericles Bassols, analista de arbitragem no Esporte Interativo, tinha opinião semelhante. E a mesma ressalva histórica e, digamos, ótica.
Talvez apareça alguma imagem. Alguma definição 3D. Sei lá
Aquilo que no Day After o presidente da comissão de arbitragem Luciano Gaciba apresentou. A que está na foto. E mostra a suposta mesma linha entre o penúltimo defensor tricolor e Lindoso. Mesma linha, não. Lindoso estaria pouco atrás do pé de Jackson.
Ainda assim, confesso, tenho dúvidas. Mesmo com a imagem frisada, as linhas passadas, a interpretação explicada.
O torcedor do Bahia pode ficar pistola como ficou Roger, sempre sereno e muito competente. O do Inter pode usar a imagem para justificar a decisão muito discutível.
Mas todos têm que ter o equilíbrio e discernimento do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani.
"Que o sistema do VAR se defenda ou não iremos conseguir defendê-lo".
É isso.
(E para quem disse que o VAR encerraria as polêmicas e discussões no futebol, um grande abraço).
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