Amor pela bola e namoro pelo placar. Santos 3 x 3 Fortaleza.
Com 20 minutos na Vila Belmiro, o Santos havia feito dois gols (muito bonitos) e criado mais cinco chances. Marinho e Soteldo abrindo o campo como pontas, Sasha espetado puxando a zaga tricolor, os meias alvinegros Evandro e Pituca obrigando o volante cearense Gabriel Dias a afundar entre os quatro zagueiros tricolores… Na prática era um 3-2-5. Ofensivo, abusado e eficiente. Bonito de ver.
O Fortaleza não jogava mal. O Santos é que mais uma vez não deixava um rival na Vila jogar contra o mandante com 13 vitórias e 3 empates há 400 dias até a bola rolar. Santos que faria o terceiro com Sasha com categoria e poderia ter feito mais até sair merecidamente aplaudido no intervalo.
Zé Ricardo mudou. Colocou Felipe Pires aberto na esquerda no lugar do discreto Romarinho. Adiantou Gabriel Dias para tentar segurar Jorge pela esquerda. Não saiu de seu campo até o Santos trocar bola e marcar o quarto, com Soteldo, impedido pelo VAR. Na sequência, pênalti discutível marcado pelo VAR, e bem executado por Wellington Paulista, aos 14. Autor do segundo gol em desatenção paulista, aos 22.
Quando então o Santos despertou, Sampaoli veio com Sánchez com pelo menos 10 minutos de atraso, e novas chances se empilharam. Desperdiçadas pelos deméritos santistas ou pelas boas intervenções de Felipe Alves.
O jogo ainda parecia aos pés do líder do BR-19 quando os exageros de filigrana dominaram as mentes e deletaram a esperteza. Em vez de dar bicos pra longe quando as coisas começaram a dar errado, o time se intimidou, atraiu ainda mais o Fortaleza que atacava com Wellington Paulista e mais três atacantes, e foi castigado com o gol de Tinga aos 49.
Castigo brutal ao Santos, que não mereceu a vaia ao final de um jogo que o Fortaleza foi buscar. De modo heroico para um clube que ainda não venceu o Santos na história. Mas fez história ao buscar um empate-goleada pelas circunstâncias de uma grande partida.
O amor pela bola não pode ser tão maior que o namoro pelo placar em jogos assim.
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