Atlético Mineiro 3 X 0 Colo-Colo - Giovani doido!
Mauro Beting
17/03/2016 08h16
Gol de Cazares, logo de cara, como de primeira ele joga fácil, como de prima ele entrou no time titular pra não sair, com muita categoria.
Gol de Patric, quase no fim, do lateral que vira ponta que vira meia que vira atacante que se vira na ausência de Robinho.
Gol de Hyuri que sai do banco para pedir passagem em um elenco que é difícil de arrumar um lugar pela qualidade e quantidade. Tão difícil de achar espaço no Horto para tamanha paixão correspondida por ótimo futebol. 3 a 0 foi pouco pelo muito que criou o Galo atacando, contragolpeando, finalizando de longe contra um rival que marcou muito longe. Quando marcou.
O Colo-Colo é bom time. Mas o Galo é melhor. Foi muito melhor. E se ainda não é 100% como tem sido o Atlético Nacional, outra ótima equipe de base bem montada, tem pinta de ser cada vez mais forte candidato ao título.
Se você não acha tudo isso em campo, olhe tudo que tem opção de banco.
E, convenhamos, deveria ter sido mais. Não só pela frágil atuação defensiva chilena. Mas pelas chances criadas. E pelo lance de gol mal anulado de Pratto. E pela furada de Patric no primeiro tempo, e de Pratto no segundo tempo. Era pra ter sido muito mais.
Até pro Colo-Colo. Mas aí pintou a estrela de São Victor do Horto. Uma defesa sensacional em cabeçada à queima-roupa que só ele poderia…
Como?! Era o Giovani na meta atleticana? Não era o Victor?!
É. É o Galo.
ESCREVE DANIEL BARUD, 18
O Galo de Aguirre é um dos forte candidatos ao título da Libertadores e do Brasileirão-16. Isso é fato. Se vai acontecer, é outros 500.
Assim como era com Cuca na Liberta-13, na Copa do Brasil-14 e nesta edição da Liberta, com Diego Aguirre, o Galo usa o fator Horto como primordial, para pressionar os adversários, incentivado pela massa atleticana que, sempre apoia, incentiva, incendeia o caldeirão do Independência.
E foi assim ontem, diante do Colo-Colo. Mais uma vitória, mais uma bela partida da equipe atleticana que dominou a equipe chilena desde o início. De forma avassaladora e sufocando o Colo-Colo, o Galo abriu o placar com 2'min da etapa inicial, com Cazares. Foi o primeiro (de muitos, que devem vir) gol de Cazares com a camisa atleticana.
O gol incendiou o jogo, que já era um caldeirão. Assim como diante do Independente Del Valle, o Galo abriu o placar logo no início e já "tranquilizou" a torcida. Mas continuou em cima, criaram mais chances de gol e Lucas Pratto teve gol MUITO MAL anulado.
Essa foi a sintonia da partida e do primeiro tempo: Galo em cima, sufocando e apertando o Colo-Colo, que não parecia NEM UM POUCO a equipe organizada e bem aplicada do jogo do Chile. Desorganizado, a equipe de José Sierra foi muito mal no Horto. Os pouquíssimos avanços do time chileno foi com Beausejour, lateral da seleção chilena, pelo flanco esquerdo. Defensivamente, o Colo-Colo era espaçado, faltava cobertura a frente da defesa. Ainda no primeiro tempo, Patric ampliou. 2 a 0 e fim do etapa inicial.
A etapa final, pouca coisa mudou. O Galo continuou amassando o Colo-Colo no seu campo de defesa, fez o terceiro gol com Hyuri, decretou a 67ª vitória do Galo na história da Libertadores e encaminhou a classificação para a próxima fase.
ESCREVEU DANIEL BARUD, 18
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.