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Fla-Flu do Pacaembu

Mauro Beting

21/03/2016 14h38

Não há mais charmoso estádio de espírito no Brasil que o Pacaembu. 
Não há mais clássico como o Fla-Flu no mesmo quesito. 
O jogo não foi bom. Mas que clássico faria o mesmo em outra cidade?
Gre-Nal no Maracanã? Galo X Cruzeiro no Beira-Rio? Corinthians X São Paulo no Mineirão? 

ESCREVE DANIEL BARUD, 18

E o Fla-Flu do Pacaembu terminou como o de 1942: sem gols. Levir e Muricy levaram a campo o que de melhor tem em seus elencos, mas não foram correspondidos. O empate sem tirar o zero do placar, mostrou pouco futebol. O público foi MUITO bom para um clássico fora do estado: 30.188 presentes.

Panorama da etapa inicial. (TacticalPad)

O primeiro tempo teve chances para os dois lados. Pelo lado rubro-negro, Wallace teve duas chances: na primeira, após falha de Wellington Silva, o zagueiro rubro-negro chutou em cima de Cavalieri. Na segunda, cabeceou bem, após ganhar de Gum pelo alto.

Do lado tricolor, a grande chance foi em infiltração de Scarpa pelo lado esquerdo, cruzou para Gerson, que quase abriu o placar. Cícero cabeceou firme cuca legal e quase abriu o placar, após escanteio de Scarpa.

Fred pediu pênalti em puxão de camisa de Juan. (Foto: Globoesporte.com)

Taticamente, o Fla se organizou no 4-3-3/4-2-3-1, com Cuellar e Arão na distribuição da saída de bola, com Ederson mais a frente na articulação (bem marcado por Pierre). Cirino na direita, Sheik na esquerda e Paolo Guerrero bem apagado na frente. Defensivamente, o Fla fechava duas linhas de 4, com Ederson e Guerrero no ataque.

O Flu se comportou bem melhor defensivamente, mais organizado, menos espaçado que no início da temporada e com a transição melhor, com movimentação de Gerson, Scarpa, Cícero, que vinham buscar o jogo junto à Pierre.

Na etapa final, Muricy e Levir mexeram nas suas equipes e pouco mudou. Poucas criatividade e, consequentemente, poucas chances criadas e nada de gols. Levir mudou e colocou Marcos Junior, Oswaldo e Magno Alves. Muricy, que havia escalado a mesma equipe de quarta (na derrota para o Confiança-SE), também trocou. Trocou Cirino por Gabriel e Alan Patrick por Ederson. O meia teve chance, antes de ser substituído, em cobrança de falta na entrada da área, mas bateu mal, na barreira. Gabriel quase marcou em chute na grande área. Arão, impedido, atrapalhou.

Após as substituições, o jogo ficou assim: Fla no 4-2-3-1 e Flu no 4-4-2 em linhas. (TacticalPad)

Fla e Flu terão as semifinais da Primeira Liga no meio de semana diante de Atlético-PR e Internacional, respectivamente. O Fla jogará em Juiz de Fora, enquanto o Flu joga em Brasília.

Vale ressaltar, que desde outubro  de 2009, todos sabiam que o Rio seria a sede das Olimpíadas e ninguém se prontificou a tomar atitudes e resolver o problemas dos estádios na capital fluminense.  Portanto, Flamengo e Fluminense não tem muito o que reclamar, já que tiveram mais de 5 anos para reformarem algum estádio na capital, para não ter que se deslocar para o interior (Volta Redonda ou Macaé) ou outro estado.

ESCREVEU DANIEL BARUD, 18

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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