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Grêmio 0 X 1 Rosario Central

Mauro Beting

28/04/2016 12h20

 

O instante antes do gol de Ruben. O começo do fim do primeiro jogo

Faltou um Geromel naquela bola vadia que veio lá de Rosario, pererecou entre Bressans  e Freds e sobrou para Ruben assustar e assinalar o gol argentino.

Faltou tudo a partir de então contra o melhor argentino. Dos melhores times desta Libertadores. Talvez a pior partida de Roger no Grêmio. Certamente das partidas menos gremistas na competição.

Parecia o Tricolor descolorido e desmontado por Riquelme na final de 2007. Nada deu certo. Nem pinta de que daria. A chance tida foi bisonhamente isolada por Bolaños no fim do primeiro tempo. Ele também estava entregue ao  próprio azar por um time que não rodou. Não marcou. Não jogou. E pode até celebrar ter sido só de um em Porto Alegre.
Jogou nada contra quem sabe jogar. Ainda mais na volta. Haja Grêmio para reverter na Argentina.

Sobretudo se Wallace e Luan jogarem tão pouco. Mas eles são jovens. Os mais rodados que precisam se fardar melhor para a nova batalha.

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ESCREVE DANIEL BARUD

Marco Ruben comemora o gol argentino na Arena. (Crédito: AP)

Na Arena do Grêmio o jogo foi quente. Pegado. Faltas e chegadas ríspidas. O Rosario parecia estar em casa, sem se incomodar com a torcida gremista, marcando firme, intenso, jogando no campo de ataque, criando oportunidades de gol.

Bolaños teve chance no inicio, mas quem abriu o placar foram os visitantes.

Marco Ruben abriu o placar logo aos 13'min. Em lançamento para área, Herrera ajeitou para o artilheiro Ruben, oportunista, finalizou bem. Sem chances para Marcelo Grohe.

A equipe gaúcha parecia tensa, nervosa. Destemperada e mal emocionalmente, pilhada. Quando tinha a bola, faltava paciência e criatividade. Pouco futebol. Muito destempero.

Grêmio muito apático, destemperado e sem criatividade. Somando se a isso, o Rosário não foi intenso e não deu espaços para os gaúchos. (TacticalPad)

Taticamente, o Rosário foi a campo no 4-4-2 losango com Herrera e Marco Ruben como dupla de ataque. Os visitantes marcavam em bloco alto, ocupavam muito bem os espaços sem a bola, compactando as linhas, negando as infiltrações para os gremistas.

O Grêmio pouco criou na etapa inicial. O 4-2-3-1 de Roger era muito espaçado e tinha dificuldades na transição e criação das jogadas. Com Luan na direita e Giuliano na esquerda, o Grêmio era muito estático e sem espaços para mudar o rumo do jogo. Douglas era bem marcado. Bolaños tentava abrir espaços no ataque.

A única grande chance do Grêmio na primeira etapa foi após escanteio, a bola sobrou para Miller Bolaños na pequena área e o equatoriano desperdiçou a chance do empate.

Ruben quase ampliou para os argentinos, encobrindo Marcelo Grohe, mas o travessão salvou o Grêmio.

O primeiro tempo terminou e o Grêmio pouco incomodou, devido a marcação e imposição dos visitantes. Mesmo com mais posse de bola, o Grêmio foi muito previsível, lento e pouco criativo, assustado.

Na etapa final, Roger mudou sua equipe. Colocou os jovens Lincoln e Everton, além de Bobô. Tirou o veterano e apagado Douglas, Maicon e Bolaños. Apesar das alterações, o padrão de jogo não mudou: estático, engessado e previsível nas ações.

Já Eduardo Coudet trocou o losango por um 4-3-2-1, mas manteve a postura e atitude de seus comandados: marcação alta, pressão no portador da bola, setores organizados, saída de bola rápida, com toques verticais e objetivos. Lo Celso entrou no lugar do artilheiro Marco Ruben, deixando Herrera perturbando os zagueiros na frente e se juntou a Cervi na armação.

 

Coudet trocou o losango pelo 4-3-2-1, mas não mudou a postura. Roger tentou Giuliano na função de Maicon, mas não funcionou. (TacticalPad)

 

O Grêmio fez sua pior partida no ano, se não a pior partida de todas sob o comando Roger. Precisa melhorar e MUITO. Sem Geromel, foi muito vulnerável na defesa e sem criatividade no campo de ataque, muito previsível e sempre buscando a velocidade de Bolaños. Sem sucesso. Em Rosário terá que jogar tudo o que não jogou em Porto Alegre.

ESCREVEU DANIEL BARUD

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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