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Bayern de Munique 2 x 1 Atlético-Tático de Madrid

Mauro Beting

03/05/2016 18h44

   
Nem o Barcelona joga tanto com a bola quanto o Bayern de Guardiola. Ou só o time alemão atua melhor com ela.

Nenhuma equipe do planeta joga tão bem com a pelota quanto o Atleti de Simeone.

No confronto em 180 minutos entre as duas escolas, a posse foi alemã, o placar foi igual (2 a 2 no agregado), um pênalti para cada lado perdido (e muito bem defendido por Oblak, e defendido por Neuer em Munique), e um gol marcado a mais como visitante para os colchoneros: Atlético de Madrid classificado.

Fim da era Guardiola na Alemanha e no mundo? Não. Apenas mais uma dolorida eliminação, como foi em 2014 para o Real Madrid, ano passado para o Barcelona, agora para o Atlético de Madrid.

Decepção por aquilo que se pretendia com ele na Allianz Arena? Óbvio que sim.

Só que não caiu para um time qualquer. O Tático de Madrid sabe dobrar a marcação, triplicar o fechamento de espaços, e multiplicar as chances com rara felicidade, como no gol em posição discutível de Griezmann.

Quando levou 1 a 0 em um tempo que pouco chegou até Neuer, o time madrileno sofreu gol de falta de Xabi Alonso em pancada desviada em Giménez. Não há como dizer "castigo" pela marcação da falta na entrada da área, já que a marcação no outro sentido foi tão leal tanto quanto dura.

Há como dizer que não era a noite do ótimo zagueiro Giménez ao cometer pênalti infantil em Javi Martínez, na sequência. Pênalti que Muller bateu, e o excelente Oblak defendeu.

Na segunda etapa, bastou uma bola de Torres para Griezmann encaminhar a despedida de Pep.

Mas havia Lewandowski para desempatar. E Oblak para desesperar o Bayern com grandes defesas, impedindo o 3 a 1 que levaria o Bayern a mais uma final. Pela terceira vez negada nas semifinais,

O time alemão jogou muito bem na primeira etapa, mas acabou entregando menos. Aquilo que por vezes se fala dos times de Guardiola. Jogam com os pés como ninguém, com a cabeça como poucos, mas pouco com o coração. Talvez falte aquele algo mais em alguns jogos que, normalmente, a qualidade técnica define, ou as estratégias treinadas respondem.

Ou aquela entrega que o time de Simeone entrega em um delivery de luxo.

Não é demérito do Bayern. É enorme capacidade do rival tão bem armado quanto a armada de Simeone. Por vezes, fazer e jogar tudo pode ser insuficiente. Ainda mais com o gol qualificado.

O Bayern foi grande como é.

Mas o Atlético de Simeone tem feito os mais lindos sonhos colchoneros.

 

 

 

 

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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