Não de cair, que você e toda a albiceleste já caíram demais pela Argentina que não sabe o que é ser Argentina há 23 anos.
Mas "queda" em espanhol. "Quêda". Fique. Permaneça. Não vá embora. Não parta. Tem mais partidas pela seleção. Tem Copa em 2018. Não pare. Não se vá. Não, Messi. 

Você perdeu pênalti decisivo. Zico e Baggio e Sócrates, também. E eram mais importantes. Platini também perdeu naquele 1986, na tarde fantástica de um jogo sensacional entre brasileiros e franceses. Em que craques como Zico e Sócrates perderam. E, mesmo Platini perdendo o dele, a França seguiu.
Siga, Messi. Pelo amor de Messi!

Não torço pela Argentina. Mas quem gosta de futebol só não torce por você por razões de paixão, logo, por razões sem a menor razão. Depois de 937 jogos chochos de Eurocopa, 398 arrastados de Copa América, um cara como você não pode ir embora assim. 
Você é daqueles gênios que nos fazem sorrir e aplaudir independente da camisa e do placar. Seu futebol de quebrar recordes, ironicamente, não precisa deles para ser apreciado. Por mais objetivo que você seja, é é mesmo tão objetivo que só pode ser  comparado ao incomparável Pelé, o futebol não é só a Copa, a medalha e o chute que você mandou por cima. 
Futebol é tudo que você joga. Futebol também é ser melhor em campo por quase 120 minutos e não conseguir vencer um time notável como o Chile. Futebol também é o melhor em campo – e em qualquer campo desde 2008 – errar um chute e perder uma copa. 

Mas não faça a Copa de 2018 perder você, Messi. 

Ainda bem que Pelé voltou atrás depois da Copa de 1966, quando pensou desistir antes de ser tri em 1970. 
Ainda bem que Zidane voltou atrás depois de 2004, quando desistiu da seleção. E voltou para fazer aquilo com a gente, em 2006…
Ainda bem que Messi vai voltar atrás, em 2018. Ainda que faça com a gente o que fez Zidane em 2006, fará um bem maior ao futebol que tanto o quer.  

De coração, Messi. Volte atrás. E saia driblando tudo de novo até 2018. O sofrido torcedor argentino merece. A sofrida bola mundial, também.