Meu filho vai ter nome de santo - Sport 1 x 3 Palmeiras
Mauro Beting
05/07/2016 11h47
Erick ganhou de novo na velocidade, deu ao menino Jesus a bola que Gabriel devolveu ao caro reserva de luxo para vencer Agenor. Jogada bolada e ensaiada por Cuca no Palmeiras que é veloz rumo ao topo. O treinador quer o Palmeiras definindo os jogos logo de cara. Com a ofensividade que o maior campeão nacional exige.
No hospital paulistano durante mais de três meses, Noelle é Palmeiras desde que conhece de pequena o André que também é Palmeiras. O amor adolescente virou coisa séria. Casaram. Em 21 de agosto de 2015 nasceu o menino que tem um problema no coração. A veia que devia bombar sangue para o corpo joga tudo no pulmão. Os médicos deram um jeito logo cedo. Mas há três meses já tiverem de operar três vezes. Operaram a quarta que de fato é a quinta no dia do jogo do Palmeiras deles todos contra o Sport.
Diego Souza terminou a partida jogo no Recife reclamando que mais uma vez "operaram" o Sport. De fato, junto com o Palmeiras, um dos times mais prejudicados por erros de arbitragem do BR-16. O ótimo meia-atacante reclamou que o estreante Mina poderia ter sido expulso no lance em que cometeu o pênalti que, na sequência, virou empate com Gabriel Xavier. Do mesmo modo como Agenor poderia ter sido expulso pelo pênalti cometido em Jesus, e convertido por Cleiton Xavier, fechando o placar em 3 a 1 para os paulistas.
Diego não deixa de ter razão. O jogo poderia ter sido outro. Ainda mais se o bom árbitro Anderson Daronco tivesse visto no primeiro tempo a operação mal sucedida de DS87 ao tentar amputar a perna de Thiago Santos com pisada despropositada com as duas pernas no volante caído.
Diego Souza foi mal no lance. Ele que foi tão bem em 2009 vestindo verde. Ali mesmo na Ilha do Retiro. Na celebração dos 10 anos da canonização do anjo-guardião do Palestra Italia, também numa Libertadores, Marcos catou três pênaltis do Sport e classificou de novo o Palmeiras na competição. Mais alguns dos tantos milagres de São Marcos.
Por essas defesas e por outros feitos e fatos, o filho de Noelle e André que passou quase a metade dos 10 meses de vida na UTI tem nome de santo.
Irmãos de verde e de credo, outros descrentes ou fiéis de outras religiões e paixões, fizeram desde sexta-feira passada, quando contei essa historinha nas redes sociais, uma corrente pelo menino de coração com problema. Dando força aos pais que fazem do amor por ele e pelo time que também os une uma linda história de amor e fé.
Muitos oraram pelo menino Marcos. O que tem nome de santo. Aquele que guarda e protege o Palmeiras desde 1999.
Pedi então para o Marcão que ele segurasse mais essa, ajoelhasse e apontasse os dedos para cima. Para que ele fizesse o coração do Marcos bater como o dele vibra pelo Palmeiras de todos. O menino é Marcos por causa dele. Nós todos somos ele e os pais pela bênção do santo do Palestra Italia.
Respondo aqui não como Marcos goleiro, nem como Palmeirense, respondo como Marcos, pai de três filhos e que oro para que você saia dessa com muita saúde, apontando os dedos para o céu e oferecendo a vitória na sua vida pra Deus, o grande curador de todos os males!!
Estamos aqui, todos da minha família torcendo por vc e seus pais, que dê tudo certo!!
Vida longa à vc, Marquinhos!!"
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.