Raul Quadros. Por Lédio Carmona
Mauro Beting
13/09/2016 20h25
ESCREVE LÉDIO CARMONA
Raul Quadros me lembrava o saudoso Tio Franco, falecido ano passado. Ambos tinham cabelos brancos e amavam contar histórias, sem tempo pré-estabelecido ou vontade de chegar ao fim. Com ambos, a conversa não tinha ponto final. Ficava sempre algo para depois. E eu cobrava a sequência.
Não é certo dizer que era amigo próximo de Raul Quadros. Os horários eram diferentes. Os encontros raros. Mas posso dizer que eu o admirava. Sabia da sua história. Li Raul Quadros na Placar (tenho todas as revistas). Vi Raul Quadros durante anos na Globo. Procurei Raul Quadros quando ele era assessor do Zico. E ele sempre me ajudou. E, por fim, trabalhei, convivi e sorri com Raul Quadros no SporTV.
Meus ídolos jornalisticos eram os reporteres. Nunca pensei em ser comentarista. Admirava os reporteres de tv, radio e jornal. Amava Loureiro Neto. Reverenciava Oldemário Touguinhó. E, graças ao Globo Esporte, conheci Raul Quadros na telinha, ainda adolescente, nos anos 80.
Há pouco tempo contei uma história para Raul, que, emotivo, chorou. Morava em Niterói e estudava jornalismo. Pegava o lendário ônibus 996 (Charitas-Gávea). Uma hora para ir e outra para voltar. Certo dia, em 1984 ou 1985, o 996 parou no Humaitá, na frente de um posto de gasolina. Quando olhei, vi Raul Quadros fora do carro, numa tremenda resenha com o motorista. Torci para o ônibus não sair. Olhava, olhava. Porra, eu tinha visto o Raul Quadros!!!
No dia seguinte, me gabei com a história junto aos amigos da PUC. A imagem nunca se apagou. E fiz questão de que Raul Quadros soubesse o quanto foi, é e será importante.
Um beijo, Raul. E minha eterna admiração. Aproveita a resenha com Tio Franco. Será histórica.
ESCREVEU LÉDIO CARMONA
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.