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Rixas e Ricci. Meninos venenos. Fluminense 1 X 2 Flamengo

Mauro Beting

14/10/2016 17h39

O jogo foi comentado no post anterior por Gustavo Roman. Eu estava no avião de São Paulo para Atlanta para mediar um debate esportivo para alunos brasileiros. Não consegui ver. Não tive tempo de acompanhar. 

Mas consegui agora ver o lance de mais uma confusão envolvendo Sandro Meira Ricci. Se o "melhor árbitro brasileiro" é ele, na falta de entendimento de quem comandava o apito, imagine quem está abaixo. Ou do mesmo nível. 

Sandro assumiu para ele o lance de impedimento muito bem marcado por Emerson Carvalho – o nosso melhor assistente. Henrique estava impedido quando empatou o polêmico Fla-Flu que teve briga até em disputa de pênaltis entre torcedores… Lance difícil. E muito bem anulado. 

Até Sandro assumir como jamais deveria ter assumido o lance e validado o gol irregular de empate. Daqueles de impedimento tecnológico. Qualquer que fosse a decisão do bandeirinha seria compreensível. Menos o árbitro assumir o lance. Ainda mais com assistente tão competente quanto experiente. Menos ainda o árbitro com arrogância ter tomado o lance para ele, posicionado à frente da linha de saga, sem a menor condição de discernir a posição de Henrique. E por tábela levando o bandeira ao erro da autoria do lance. 

A arbitragem no Brasil é tão ruim e mal preparada e mal dirigida e pior digerida que, no final das contas e das coisas, acabou acertando o que já havia acertado. 

Mas em que condição Ricci acertou – ou foi levado ao acerto?

Nem Madre Teresa de Calcutá imagina que o Espírito Santo iluminou o árbitro com a virtude da Verdade. 
Dalai Lama imagina que um dos engravatados fora do campo recebeu a informação correta do impedimento e passou de algum modo para o árbitro. O que levaria à anulação da partida por erro de Direito. Ele não pode usar a tecnologia. E como delegado da partida ou inspetor da arbitragem, também não. 

Mas não há como provar o que é óbvio. Tanto quanto é ululante que os árbitros brasileiros, se não todos, mas muitos, querem ser piores do que são. Querem que erros humanos se transformem em esquemas desumanos. 

Ninguém foi beneficiado com isso tudo. Só o futebol perdeu. Mais uma vez. 
Conseguimos a proeza de errar quando acertamos. 

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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