Não levem Renato muito a sério. Inclusive ele mesmo. Mas respeitem a história gloriosa dele
Mauro Beting
08/12/2016 14h36
Renato é daqueles sujeitos que são mais engraçados quando se levam a sério. Não o levem muito a sério. Quando ele fala a patacoada de que "quem não sabe, estuda", ele está mais dando patada na imprensa que o desqualificou pelos dois anos de sábados na praia que sabáticos na prancheta. Ele ataca mais quem o detonou na mídia que propriamente desanca os colegas.
Claro que acabou sendo deselegante. Evidente que jamais pode ser detonado quem se esforça para aprender em qualquer campo da vida. Mas um eterno campeão como ele, em um momento de desabafo depois de 15 anos sem títulos do clube onde ele é o maior ídolo, responsável pela maior conquista, Renato até pode pedir uma estátua. Até mesmo onde ele quer que se coloque o monumento – e sem alusão alguma ao monumento que tem o DNA tricolor e Portaluppi que o acompanha nas últimas vitórias. Para não dizer todas.
Não levem MESMO muito a sério Renato. Faz parte do combo e do kit pentacampeão. Problema mesmo será quando ele se levar muito a sério. Não só ele. Ninguém que se leva muito a sério merece ser levado a sério.
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.