O Vasco não merecia perder de 4 a 0 como foi goleado na estreia. Fez ótimo primeiro tempo. Criou sete chances contra apenas três do mandante, campeão brasileiro, mesmo com Luís Fabiano muito lomge do ideal – como o Vasco. Mas futebol é assim. E Cuca entende demais disso. 

Só não sabe muito quem dizia que ele era "azarado". Pé frio é quem não chega. Levir já levou a pecha. Um campeão mundial como Abelão, também. Telê Santana, acreditem, também era pé-frio para colegas resultadistas, até 1991. Cuca também era carimbado como "azarado" até a notável conquista da América pelo Galo doido, em 2013. 

Na reeestreia, Cuca vestiu vinho como ótima parte do estádio. E, pouco antes do segundo gol, quando o Vasco já merecia melhor sorte (também pelo pênalti que eu não teria marcado em Dudu), Cuca mudou funções de Tchê Tchê e Jean. Aquele foi para a lateral. O autor do primeiro gol voltou a ser volante. Até arrancar como se fosse meia no lance que geraria o segundo gol, de Guerra, aos 41. 

O Vasco ainda empilhou três chances. Uma no travessão do ótimo Douglas. Ele e Mateus Vital podem fazer ótimas coisas no Vasco. O problema é lá atrás… Haja Martin Silva!

Menos de um minuto, Tchê Tchê voltou do intervalo na lateral. E foi como se fosse ponta pela direita que ele botou na cabeça de Borja. 3 a 0. E poderia ter sido muito mais. O 4-2-3-1 vascaíno definhou. Cuca manteve o 4-1-4-1 sem a bola, o 4-3-3 com ela. Com Fabiano, passou Tchê Tchê para o lado esquerdo, com Guerra aberto pela direita. Assim o time foi acertando o pé e o jogo e ampliando em novo pênalti sofrido por Dudu. Convertido de novo por Borja.  

Se o 2 a 0 era muito pelo ótimo primeiro tempo vascaíno e pelos erros defensivos e de passe do Palmeiras, os 4 a 0 acabaram sendo pouco pela excelente atuação palmeirense na Weiss etapa. De um time mais solto e ofensivo. Mais bonito de ver do que na maioria dos jogos em 2017.  Time mais Cuca. Muito mais treinador. Potencial de ser muito mais time do que vinha sendo.