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Cada vez mais sólido. Cruzeiro 0 x 2 Chapecoense

Mauro Beting

04/06/2017 21h20

Escreve Gustavo Roman

Três dias depois da confusão em Chapecó, os times estavam novamente frente a frente. Dessa vez no Mineirão. Em jogo que valia a liderança do campeonato. Precisando propor o jogo, Mano Menezes deslocou Hudson para a lateral direita. Escalou Rafinha aberto pela direita na linha de três meias do 4-2-3-1. Pensou que a Chapecoense fosse jogar mais fechada. Sofreu com o pouco poder de fogo do ataque. Acabou encaixotado no forte sistema defensivo do adversário.

Ledo engano. Essa nova Chape já é uma realidade. Não se assusta. Não se apavora. Marca muito. Especialmente fora de casa. Mas não abdica do jogo em momento algum. Tem muita velocidade pelos lados do seu 4-1-4-1/4-2-3-1 com Rossi e Arthur Caike. Tem laterais que chegam forte no apoio. E que sabem que a primeira tarefa de um lateral é defender e não apoiar.  Aos 28 minutos, cruzamento de Seijas. Gol de Wellington Paulista. Do atacante que está ali para isso. Ainda houve um pênalti não assinalado sobre Arthur na etapa inicial.

Sem alternativa, Mano abriu o time. Tirou Hudson e Rafinha. Pôs Lennon, um lateral de ofício e Ábila, um atacante de referência. Novamente a Chape não se abalou. Seguiu com seu plano de jogo inalterado. Até porque marcou o segundo com Douglas Grolli logo aos três minutos. E seguiu sendo mais perigoso. Até mesmo as alterações que foram feitas por Mancini não foram para recuar o time. Se tirava um dos jogadores de lado de campo, colocava outro. Se tirou o atacante. Pôs outro em seu lugar.

A primeira chance real do Cruzeiro veio aos 30 minutos. A segunda, já nos acréscimos. Muito pouco para quem aspira algo a mais no campeonato. Para quem tem o elenco que a Raposa possui. Mano pode e deve soltar mais o time, que tem uma dificuldade incrível de propor o jogo. O Cruzeiro pode e precisa jogar mais.

Já a Chape não é líder do campeonato a toa. É uma equipe sólida. Um pouco mais a cada dia. Até onde pode chegar? É muito cedo para se especular. O que fica de lição para os outros 19 clubes da Série A é o modelo de gestão. Como o time foi buscar peças de reposição no mercado e não qualquer refugo que lhe foi oferecido após a tragédia. Esse é o segredo da solidez. Parece simples. O problema é que tem muita gente que complica.

Veja a análise de Gustavo Roman 

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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