Ganhou quem quis mais. Botafogo 2 x 0 Flamengo.
Mauro Beting
10/09/2017 21h52
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
Os dois rivais cariocas se encontraram novamente. A partida não era decisiva como foi o confronto pela semifinal da Copa do Brasil. Mas valia muito. Uma vitória do Flamengo colocaria o time na quarta posição. Já um triunfo Alvinegro faria o Botafogo encostar e ficar a apenas um ponto do oponente.
Desde o início do clássico o jogo foi mais agradável, aberto. Os comandados de Jair Ventura mantinham seu estilo. Deixavam a posse de bola com o adversário e buscavam acelerar nos contra-ataques. Funcionou. Mesmo sem ter a redonda, os donos da casa finalizaram mais e melhor. Apesar da dificuldade em construir as jogadas ofenisvas. Especialmente do zagueiro Marcelo, que errou inúmeras vezes e por pouco não comprometeu. Criaram três oportunidades claras de gol no primeiro tempo. Contra apenas duas de um Flamengo que voltou a finalizar pouco e a cruzar muitas bolas na área. Passou assim a ser menos efetivo. Os atletas mais cansados foram poupados por Rueda. Porém, isso não pode nem deve servir como desculpa para o retrocesso.
Além disso, era claro que os jogadores da equipe da estrela solitária estavam individualmente num dia mais feliz. Valencia fez seu melhor jogo desde que chegou ao Brasil. Roger, oportunista como sempre, dava trabalho a zaga Rubro-Negra. Parecia que o nível de concentração era total de um lado e apenas parcial do outro.
Com a entrada de Dudu Cearense no lugar do lesionado Leandrinho, o meio de campo Alvinegro ganhou ainda mais corpo, fazendo o time ficar ainda mais a vontade na partida. Sem profundidade, o Flamengo assustou em chutes de longa distância de Matheus Sávio e Everton Ribeiro. Muito pouco repertório ofensivo.
Os gols de Roger foram portanto uma consequência natural do que acontecia em campo. Rueda ainda tentou alguma coisa com a entrada dos titulares poupados. Mas já era tarde demais. Uma vitória mais do que justa do Botafogo. Foi um time mais organizado. Que conseguiu seguir a risca o plano de jogo proposto por seu treinador. Jogou de forma mais leve. Buscando não só se defender, como atacar também. E que mostrou mais vontade de vencer. Os torcedores agora ficam com a pulga atrás da orelha, questionando se a equipe tivesse jogado assim, de forma mais solta, será que não seria o Alvinegro na decisão da Copa do Brasil?
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.