Piracema. Palmeiras 0 x 1 Santos.
Mauro Beting
30/09/2017 21h11
O jogo para o Santos recuperar o fôlego, o ânimo e a esperança. A partida para o Palmeiras jogar a toalha e as chuteiras no gramado na primeira derrota dele para o Santos na nova casa. No SP-17, na Vila, o time de Dorival Júnior só não goleou o Palmeiras por Prass, e levou a virada no fim. No BR-17, na segunda etapa em São Paulo, o Santos deu o troco, e na única chegada definiu o placar.
Meia-piscina olímpica na primeira etapa no Allianz Parque por problemas na drenagem por conta da nova tecnologia de plantio rápido dos rolos de grama pré-plantados que têm uma espessura muito grande. A drenagem fica mais lenta. E com a chuva mais pesada, o lado direito do antigo gol das piscinas (nenhuma alusão…), o hoje chamado ataque do Gol Sul (bem menos prejudicado pela chuva), e o lado esquerdo do ataque do Gol Norte (bem mais detonado) também atrapalharam as duas equipes. Ainda mais a que pretendia propor o jogo. Por estar em casa, melhor, e menos desfalcada.
Não deu para entender a escolha do capitão Dudu em seu jogo 150 pelo Palmeiras. Ele preferiu atacar para o antigo gol do placar, o Norte. Justo onde o lado dele estava pior. O lado direito (menos pior) do ataque ficou melhor para o contragolpe santista. Ainda que apenas três vezes tenha chegado o Santos (com duas boas defesas de Prass) e só três o Palmeiras, com um Moisés mais individualista e um Dudu cercado pelos rivais e afogado pelo gramado.
Na segunda etapa, a chuva deu uma melhorada, o gramado, também. O clássico, o milésimo do Palmeiras contra rivais paulistas, melhorou mais ainda. Ainda mais para o Palmeiras. Teve sete das 10 oportunidades
na partida criadas em bom segundo tempo. Melhor do que qualquer das vitórias recentes. Mas o único vacilo atrás foi fatal. O Santos ficou muito amuado, chegou uma vez, e fez o gol da vitória com o decisivo Ricardo Oliveira, aos 30.
Dois minutos depois Cuca enfim apostou em Borja. Mas manteve Deyverson, embolou o jogo, e mesmo assim teve a chance que Dudu cabeceou fora, aos 44. Sozinho como estava aos 21, quando perdeu chance sem Vanderlei.
O Santos parecia com dois a menos no segundo tempo. E volta para a Baixada com três pontos enormes. E menos três do Palmeiras na caça. Campeão de 2016 que fez o seu melhor tempo na segunda etapa. E sai de campo com gosto de quem saiu do BR-17.
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.