Jogaço, e Corinthians volta a celebrar. Palmeiras 2 x 2 Cruzeiro.
Mauro Beting
30/10/2017 22h57
Um jogaço. Dos melhores de um péssimo campeonato. A melhor partida do Palmeiras em 2017. A melhor sequência de atuações alviverdes desde o turno de 2016. Contra um Cruzeiro campeão da Copa do Brasil, criou enormes 19 oportunidades de gol – incluído o gol mal anulado de Borja, em falta discutível em Manoel, aos 39.
O Cruzeiro teve um só lance no primeiro tempo. Juninho em vez de usar a canhota em cruzamento resolveu canelar com o pé cego. 1 a 0 Cruzeiro. Mano mais uma vez plantou demais o seu time atrás depois da vantagem. Chamou o Palmeiras que, em sete minutos, a partir dos 32, teve seis chances, entre elas o gol de Borja, aos 34, depois de canelar várias vezes em muitos momentos que ele desperdiçou.
Na volta para o segundo tempo, o Cruzeiro enfim jogou como sabe e como pode. Não abdicou do contragolpe e chegou ao 2 a 1, aos 19, no primeiro lance de Robinho, e, para variar, por cobertura (e, pra variar, em infelicidade de Juninho). O Palmeiras se desarticulou e o Cruzeiro poderia ter ampliado.
Valentim respondeu com Róger Guedes na ponta-direita, recuando Moisés para articular com Tchê Tchê, com Dudu por dentro, e Keno (muito bem em todo o jogo) pela esquerda. Aos 39, Borja foi o de 2016 (como o Palmeiras de Valentim tem sido) e aproveitou cruzamento de Dudu, na desatenção celeste depois de lateral – e num raro lance em que Fábio não foi espetacular, e Digão e Manoel, dessa vez, não conseguiram evitar o empate injusto pelo erro de arbitragem (discutível). Como teve um pênalti de televisão em Keno, que só o adicional assistente poderia ter visto, aos 18.
O Corinthians pode e deve celebrar a vantagem ainda muito grande. Com o empate, ainda depende só dele. O Palmeiras é obrigado a torcer contra o líder. O palmeirense pode e deve lamentar o empate. Mas o desempenho ainda dá esperança onde há duas rodadas só havia delírio.
Veja a análise do jogo de Gustavo Roman
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
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