Só valeu por 30 minutos. Flamengo 1 x 1 Independiente de Santa Fé
Mauro Beting
19/04/2018 00h07
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O início de jogo do Flamengo foi muito bom. Postado no 4-1-4-1, o Rubro-Negro conseguia sair da forte marcação colombiana com muita movimentação. Diego, aparecendo mais na área, achava espaços nas costas do volante adversário. Criou quatro chances. E abriu o placar logo aos sete minutos, em uma das muitas falhas da defesa do Santa Fé nas bolas altas. Diego cobrou escanteio pela esquerda. O goleiro Zapata saiu mal. Henrique Dourado se antecipou e marcou de cabeça.
E ficou por aí. O time diminuiu o ritmo. A movimentação deixou de existir. Diego e Paquetá passaram a prender demais a bola. Ela que maltratava a canela de Dourado, que não segurava a redonda no campo de ataque. Everton Ribeiro mais uma vez não esteve bem. Vinícius Júnior, o novo titular com a venda de Everton para o São Paulo, estava muito bem marcado.
Aos 31, Diego errou. E o que deveria ser um contra-ataque do Fla se tornou no gol de empate colombiano. Plata usou sua velocidade para passar de passagem por uma defesa lenta e que saía de sua área. E rolou para Morelo, o artilheiro da Libertadores ate aqui, deixar tudo igual.
Os donos da casa sentiram o baque. Confundiram velocidade com pressa. Eles se afobaram na maioria dos lances. Barbieri tentou dar mais movimentação ao ataque ao tirar Dourado e Everton Ribeiro para as entradas de Lincoln e William Arão. Mais tarde, sacou Vinícius Júnior e apostou em Geuvânio, passando Paquetá para a esquerda.
Não adiantou. O Flamengo só assustou na bola aérea. Esteve para desempatar aos 36 e aos 37 (por duas vezes) em lances que a zaga salvou em cima da linha fatal. Para completar, aos 42 Paquetá achou Diego. O meia poderia ter passado para Lincoln, que estava livre. Preferiu a finalização. Zapata dessa vez foi bem e salvou com os pés.
No fim, o empate acabou sendo um resultado ruim para os cariocas. O Flamengo agora terá que buscar fora de casa os pontos que vem deixando escapar dentro. Capacidade para isso o time tem. Resta saber se o passado de insucessos não voltará para assombrar a equipe.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
Sobre o Autor
Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério
Sobre o Blog
O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.