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Ainda é pouco. Palmeiras 0 x 0 Santos.

Mauro Beting

23/02/2019 21h09

Palmeiras x Santos não é clássico da saudade porque só vive de passado quem tem a história que têm. Mas no sábado de chuva deu saudades de outros tantos clássicos depois de um péssimo primeiro tempo.

Felipão trocou mais uma vez a equipe. Manteve o 4-2-3-1. Com Moisés na de Bruno Henrique, Thiago Santos na cabeça da área cumprindo bem o seu papel, Raphael Veiga tentando substituir mas emulando no que não deve Lucas Lima, Felipe Pires (ou Carlos Eduardo) aberto pela direita e, mais uma vez jogue quem não jogue, o desempenho é ruim. O custo-malefício segue péssimo como foi a primeira etapa no time de melhor ataque x a melhor defesa. Ou como foi mais uma vez o lance crível perdido por Borja, que vai desmoralizando a expressão gol inacreditável.

Sampaoli não tinha para começo de papo o inefável artilheiro Jean Mota, além dos poupados Victor Ferraz e Sánchez pra começo de jogo. Manteve o 3-4-3 com a bola, o 4-3-3 sem, e o grande líder com um jogo irreconhecível como a camisa dourada que não se consegue reconhecer nem mesmo a cor. Ainda que Jean Lucas tenha mostrado qualidade dando fluência pela direita, com Pituca discreto na primeira parte.

O duelo inglório foi personificado na disputa hercúlea entre Copete x Felipe Pires para ver quem pisava mais na bola. Ou pior. Nem a encontrava.

O segundo tempo foi melhor. Ou menos pior. O Palmeiras tentando atacar mais e podendo fazer mais se Dudu trocasse de lado. O Santos trocando mais passes. Mas sem objetividade e velocidade. Ainda assim sem profundidade. Criou apenas duas chances. E pode reclamar de uma mão na bola de Gómez que eu teria marcado pênalti, e outro lance discutível de Victor Luís em Jean Mota. O artilheiro que entrou e qualificou o time como faria Sánchez depois. E mais ainda Ricardo Goulart no Palmeiras, compensando a atuação ruim na etapa inicial, e melhor até o final, quando o campeão brasileiro criou 11 chances e não fez. Por méritos de Everson. E pela fase técnica que não é boa. Mas que não merecia a vaia final pela partida que melhorou. Ainda que longe do melhor Palmeiras possível. Diferente de um Santos que segue melhor do que a encomenda para o pouco tempo de casa de Sampaoli.

BOTA-TEIMA – Além dos lances já comentados, o árbitro não viu o tapa de Gustavo Henrique em Moisés que poderia ter sido expulso.

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Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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