.

O que acontece em Vegas fica por lá. Dizem. Como se sabia há alguns anos quando as tretas de campo (quando não havia a expressão "treta", mas havia cizânia) também permaneciam lá dentro.

De alguns anos pra cá tudo extrapolou quando se exaltou. Até porque serve pra mídia ganhar clicks sem dar o clique mental. Serve para criar crises maiores que os resultados menores das equipes.

As câmeras mostram o que antes ficava lá dentro. Os jogadores também trazem para as coletivas, zonas mistas, redes sociais (deles, da família e assessores) aquelas querelas que são do jogo. Mas que acabam ganhando proporções transcontinentais.

Claro que tem muito da impaciência e intolerância destes dias. Dentro e fora de campo. Passa por demonstrações de comprometimento e "raça" que só se via em propaganda da Under Armour. Aquela em que os talentosos Ganso e Pato, ainda pelo São Paulo, mostravam nas fotos promocionais algo que nunca se viu em campo.

Ou só se vê agora nesse Ganso pistola do Fluminense. Que tem mesmo que cobrar mais de João Pedro. Talvez nem tanto. De outro jeito. Mas precisa mesmo chacoalhar ele, ele mesmo, e o Flu. Como Filipe Luís e Arão se estranharam. Como seria estranho ainda mais se não houvesse cobrança em campo. Qualquer campo.

O problema é que essa vontade exacerbada de Ganso nem sempre se vê em campo. Em qualquer campo. O capitão vira general. Parece ditador. Manda no técnico e no presidente.

E aí não tem como. Como não se pode também exaltar ânimos exaltados no líder e crivar de balas situações semelhantes em outro gigante na outra ponta da tabela.