Renato 300, Santos 2 X 1 Coritiba
Há 21 anos comentei pelo Sportv a estreia de um meia-direita de apenas 16 anos, no Guarani. Renatinho. Comentei que, 20 anos antes, outro meia-direita bugrino de mesmo nome começava a brilhar. Renato. Meia que seria reserva de Zico, em 1982. Mais ofensivo e goleador, Renato ganhou epíteto mais ofensivo e maldoso. Renato Pé-Murcho.
Como eu queria hoje um pé "flácido" como aquele. Renato jogou muito. Como aquele Renatinho desde 1995. Ainda mais quando virou Santos. E Renato desde a Vila Belmiro. E mais ainda quando se tornou segundo volante. E campeão do Brasil em 2002. Fazendo gol na primeira decisão. Fazendo a partir de então carreira campeã na Vila, no Sevilla, Seleção, Botafogo e, de volta a Santos, elixir depois do exílio.
Ainda leal na marcação, eficiente no passe, Renato chegou a 300 jogos pelo Santos na virada contra o Coritiba. Gol consagrado depois de sete minutos de acréscimo. Gol de cabeça de Renato.
Melhor: gol de alma. Minutos ele passou arrastando a perna com cãibras. Só permaneceu em campo para não deixar a equipe desfalcada. Só foi para a área concluir a ótima jogada de Victor Ferraz por amor ao que faz. Só fez o gol por ter algo além na cabeça e no coração.
Renato é exemplo de atleta e de jogador. Mais que tudo, de pessoa. Feliz o Santos por escalar um guerreiro espartano 300 vezes. Felicíssimo o torcedor por ter um Renato Coração-Cheio ao menos uma vez suando e usando a camiseta sangrada e sagrada.
Se outros remunerados espertinhos até mais dotados tecnicamente tivessem o ardor e o amor amador de Renato, amigos, o futebol teria mais histórias bacanas como a dele. Há 21 anos jogando como garoto. Correndo como guri. Mantendo a chama acesa de quem faz o que gosta.
Renato é mais um cara que eu gostaria de ser quando eu crescer.
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