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Blog do Mauro Beting

O capitão do Brasil

Mauro Beting

21/06/2016 11h58

Capitão não é necessariamente o craque do time. Nem mesmo o maior líder. HNo Brasil-58 de Didi, Pelé, Garrincha e Nilton Santos, quem ergueu o primeiro caneco era o menos técnico dos 11. Mas o mais líder entre Zito, Didi e Nilton Santos.  O grande Bellini. 

No Brasil bi em 1962, Mauro era dos mais técnicos. Mas não tão genial como foi Garrincha e outros companheiros de 1958. 
No tri, a liderança técnica era de Pelé. Rivellino e Tostão eram geniais. Jairzinho jogou demais. Clodoaldo era um monstro. Gerson falava e jogava muito. Mas capitão mesmo foi o capita Carlos Alberto. Craque como Mauro. Mas não o principal do melhor Brasil. 

No tetra de Romário e Bebeto, Dunga foi muito importante. E, sem Raí, foi o líder natural. No berro. Métodos discutiveis. Mas inegavelmente um líder. E um exemplo aos atletas. 
Como Cafu no penta, em 2002. Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho jogaram mais. Emerson era o capitão de Felipão. Mas quem mais atuou pela Seleção simboliza melhor a conquista. 

Em 2016, com Dunga, Neymar foi único. Em nenhuma das cinco conquistas o craque do time foi o capitão. Não que não possa. Não é isso. Mas é raro. E parece ser mais um fardo para ele. 
Alguns atletas amam a tarja mais que a farda. Maradona, por exemplo, sonhava ser o que foi a partir de 1983, com Bilardo. El Capitán. Motivo maior da briga entre ele e Passarella, quem levantou o caneco argentino, em 1978.  
Tarja que também atritou Thiago Silva com Dunga. Braçadeira que não deve ser problema para Tite. Ele resolveu na boa no Corinthians, com todizio de capitães. Algo que ele pode repetir na Seleção. Desde que jogue franco como sempre. 

Pode e deve começar com Neymar. Mas jogando aberto com ele. E com os companheiros. 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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