Galo subindo - Atlético Mineiro 5 X 3 Botafogo

Estava 2 a 0 Botafogo em pleno Mineirão. BR-98. Segundo tempo. Valdir Bigode desembestou. Com 20 minutos já estava 4 a 2 Galo. Ele ainda faria o quinto, aos 35 minutos. 5 a 2. Que baita virada do Atlético! Certas coisas só acontecem com o… Gol de Túlio. 3 a 5, aos 38 minutos. Se a reação tivesse começado antes… Gol de Bebeto. 4 a 5, aos 40 minutos. Mas não tem como, já são 46 minutos e… Gol de Mineiro, Tico. Tico Mineiro. 

5 X 5! 

Certas coisas só aconteciam com os dois alvinegros. 

Horas depois, aeroporto da Pampulha, tomando café com Valdyr Espinosa, treinador do Fogão. Expressão lívida. Pergunto se é a adrenalina pelo primeiro e único 5 a 5 que me lembro, e tive a honra de comentar pela Band. 

– Não. É que morro de medo de avião. Perto do meu pavor, marcar três gols em oito minutos é fichinha.  

Infelizmente, para o torcedor brasileiro, quatro gols em seis minutos e meio no Mineirão é inesquecível, desde 2014.  Para quem viu o final de Galo 5 X 3 Botafogo, quase dois anos depois do Mineirazen, também não tem como esquecer os três gols em quatro minutos. 

O botafoguense tem como lamentar. O time foi valente. A arbitragem prejudicou.  Perdeu Ribmar e deve perdê-lo de vez. Mas foi buscar três gols no Mineirão. Problema é empacar no 18º lugar. De onde saiu o Galo antes das quatro vitórias seguidas. Chegando perto do lugar desse elenco. Para brigar pela ponta. Para lutar por título. Para ganhar jogos com emoção e com Cazares. 

O nome da partidaça. Golaços. Passes para gols. Dribles e fintas. Belas jogadas. Gol de canhota no primeiro chute. O cara que desequilibrou o jogo para um time ainda desequilibrado defensivamente. Mas com enorme potencial para desequilibrar campeonato nivelado e emocionante como o jogo do Mineirão. Tão bacana quanto o de 1998. Mas, desta vez, com final previsível. O melhor em campo venceu. E vai subir ainda mais na tabela.