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Blog do Mauro Beting

História em jogo. Copa-58: Brasil 5 x 2 França

Mauro Beting

12/07/2016 13h18

HISTÓRIA EM JOGO é uma sessão inspirada por ANDRÉ ROCHA, colega de UOL,  com os arquivos de  GUSTAVO ROMAN

Aqui vamos contar jogos históricos do mundo e do Brasil.

A série REI DE COPAS vai mostrar TODOS os jogos da Seleção em Copas desde a semifinal de 1958. Todas as partidas completas que pude ver – ou rever, desde a minha estreia em Mundiais, na Copa-74.


 

24/06/1958, 19h

 

Rasunda Fotbollstadion, SOLNA, SUÉCIA

 

27.100 presentes

 

Benjamin GRIFFITHS (País de Gales), Raymon WYSSLING (Suíça), Reginald LEAFE (Inglaterra)

 

SEMIFINAL da Copa de 1958

1958. cartaz


 

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Brasil no 4-2-4, França no 4-3-3, variável para o WM (3-2-2-3) com o recuo de Marcel para a linha de quatro zagueiros

 


 

PRÉ-JOGO – Brasil começou a Copa vencendo a Áustria por 3 a 0. Empatou com a Inglaterra na segunda partida, o primeiro jogo sem gols da história das Copas (justamente entre o inventor do esporte e quem melhor o jogou). Na terceira partida, o treinador Vicente Feola mudou a equipe: confiou em Garrincha na ponta-direita no lugar de Joel, recolocou o recuperado Pelé na equipe (saiu Mazola, autor de dois gols na estreia), e Zito ganhou o lugar do lesionado Dino Sani. Nos sensacionais cinco minutos iniciais, talvez o melhor início de uma partida do Brasil em Copas, a Seleção venceu a URSS por 2 a 0.

 

 

Nas quartas-de-final, a partida mais difícil. Um a zero contra o ferrolho do País de Gales. Na semifinal, uma senhora apresentação brasileira. A melhor no Mundial, contra a goleadora França do artilheiro Just Fontaine.


VEJA: Os gols do filme oficial da Fifa de BRASIL 5 X 2 FRANÇA


 

almanaquevirtual.com.br

França e Brasil entram em campo para a semifinal da Copa-58. FOTO: almanaquevirtual.com.br

 

 

58. time perfilado. acerj

O Brasil que venceu a URSS por 2 a 0. O primeiro jogo de Garrincha e Pelé em Copas. De Sordi (São Paulo), Zito (Santos), Bellini (Vasco), Nilton Santos (Botafogo), Orlando (Vasco) e Gilmar (Corinthians); Garrincha (Botafogo), Didi (Botafogo), Mazola (Palmeiras), Pelé (Santo) e Zagalo (Botafogo). Mário Américo era o mítico massagista brasileiro

 

 

 

58. franç. time enfileriado

De Sordi, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar; Garrincha, Didi, Pelé, Vavá (Vasco), Zagallo, Mário Américo

 

 

58. frança. toss

Bellini e Jonquet tiram o toss. Brasil sai ganhando

 


 


 

COMEÇOU

 

40s – Pelé chuta mal de canhota, em linda tabela dele e Garrincha, depois de belo lançamento de Didi.

 

GOL. 1 a 0 BRASIL. VAVÁ. 2min. Saída errada do Jonquet. Na dividida com Mané, a bola sobrou para Didi tocar por elevação para Vavá fuzilar o goleiro Abbes. Gol de artilheiro.

 

58. lance. 1 a 0

Vavá fuzila o goleiro francês. Gol do Peito do Aço.

 

 

4min – Uma das maiores mudanças do futebol de então para o de hoje se via nos escanteios: os bandeirinhas não tinham uma orientação fixa; tanto poderiam ficar na posição atual como na linha de fundo, na do adicional assistente. A bola saía pela linha de fundo e rapidamente os pontas faziam a cobrança (a maioria deles aberta). Com isso, só estavam dentro da área para atacar o outro ponta, o ponta-de-lança, o armador e o centroavante. Quatro atacantes na área. E quando eram quatro. A zaga ficava muito afundada na marcação. O goleiro saía muito menos.

 

5min – Muitos chutões de lado a lado. Mas o jogo é bom.

 

5min – Linda tabela entre Pelé e Vavá é interceptada por Jonquet.

 

6min – Primeira chance francesa. Fontaine entra sozinho na área, mas Gilmar sai bem, em grande lance armado por Kopa, espetacular armador francês. Defesas ficam muito afundadas dentro da área.

DIDI. Um monstro. FOTO: L'ÉQUIPE

 

7min – Piantoni com muita liberdade a partir da esquerda.

 

GOL. 1 X 1 FRANÇA. FONTAINE. 8min. Gol muito merecido. Linda enfiada de Kopa depois de receber do próprio Fontaine. Zaga brasileira toma primeiro gol na Copa e sofre demais com a potência ofensiva francesa. Orlando foi dar o combate em Kopa e não conseguiu. Fontaine passou às costas de Bellini e empatou em belo gol.

 

A CÉLEBRE CENA DE LIDERANÇA DE DIDI DEPOIS DO PRIMEIRO GOL DA FINAL CONTRA A SUÉCIA, de fato, ACONTECEU ANTES. PELÉ FOI BUSCAR A BOLA NO FUNDO DA META DE GILMAR E A LEVOU PARA O MEIO DE CAMPO. O REI JÁ TINHA TOMADO A COROA.

 

9min – Didi sai armando e faz bela tabela com Pelé.

 

9min – Wisnieski acompanha Nilton Santos onde ele vai. Vincent também sai e cai bem por dentro. Mas quem encanta é o destro Kopa, estrela do Real Madrid.

 

11min – Passe com efeito de Didi para Pelé faz estádio sueco fazer OOOO. Time brasileiro sempre tenta jogar bonito. E quase sempre acerta. Bela tabela de Pelé e Vavá.

 

12min – Terceira chance deles. Fontaine recebe sozinho e isola, tocando de primeira. Raríssima desatenção de Orlando.

Bellini, o capitão. FOTO: L'ÉQUIPE

 

13min – Zagallo manda bomba que pega no travessão e dentro da meta francesa. Grande jogada de Vavá que passa por dois, depois de tiro de meta de Gilmar. Ninguém do Brasil foi reclamar com o árbitro. Lance raro: a bola bateu no travessão, no gramado, de novo no travessão, até ser isolada por Marcel.

 

58. esportesestadao. gol anulado

O lance de gol não validado para o Brasil, na pancada de Zagallo. A bola bateu no travessão duas vezes. FOTO ESTADÃO

 

 

14min – Zagallo recebeu entrada dura e foi atrás. Ele levantou Marcel na sequência. Não havia cartão amarelo na época. Seria o caso.

 

15min – Bellini trava na hora em que Fontaine tenta a virada. Ele ficava mais na área e quem saía para dar o bote e combate era Orlando.

 

15min – Didi dá um come sensacional em Kopa, a quem iria substituir no Real Madrid. Encontro de monstros.

 

16min – Quarta chance brasileira. Outra muito bonita. Orlando desarma com imensa categoria Fontaine. Zito aproveita e lança rápido Mané. Ele perde a primeira para o lateral, mas depois faz bela tabela com Pelé que manda por cima.

 

17min – Lindo lance de Zagallo pela esquerda, Vavá faz corta-luz, Didi arruma bonito mas zaga se recupera.

 

Vicente Feola aprendeu muito com Bela Gutman, no São Paulo, na conquista do SP-57. Na Seleção ele pôde desenvolver o 4-2-4 que deu na conquista do Mundial

 

18min – Garrincha começa a ganhar todas do seu marcador  Lerond.

 

18min – Qunta chance do Brasil. Pelé recebe belo passe de Zagallo e manda de canhota. Abbes espalma e, no rebote, Pelé isola.

 

20min – Fontaine está mais isolado, mas segue perigoso pela movimentação e faro de gol.

 

21min – Como joga Didi!!! Arma e ainda desarma com auxílio luxuoso de Zito. Brasil melhora nos últimos cinco minutos.

 

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Pelé e Didi na concentração, em 1958. O maior de todos os tempos e o melhor jogador da Copa-58. FOTO: R7

 

22min – Brasil espeta bastante a bola. Muitos impedimentos.

 

23min – Goleiros do mundo ainda jogam muito próximos à linha de meta. Na Argentina, Carrizzo é exceção. Mas goleiros seguem muito próximos da própria meta.

 

23min – Jogaço. Sexta chance brasileira. Vavá manda sapatada de fora da área. Abbes mais se defende da bola que defende a bola.

 

25min – Sétima chance do Brasil contra três do rival. Dez oportunidades de gol em apenas 25 minutos! Vavá de novo, pela meia esquerda. Ele era meia no início da carreira, no Sport. Sabe sair da área, dá opção para a entrada de Pelé ou mesmo de Didi.

 

25min – Estádio Rasunda explode. Gol da Suécia contra a Alemanha, na outra semifinal. 1 a 1.

 

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Vicente Feola e os 22 campeões mundiais em 1958. FOTO: MOCHILEIRO.ASAS

 

26min – Orlando joga muito. Cobre muito bem Nilton Santos na lateral, e ainda se antecipa muito bem.

 

27min – Todo lance de Didi é bonito. O Príncipe Etíope de Nelson Rodrigues não gasta a bola. Degusta.

 

28min – Mão na bola bizarra de Bellini. Falta na entrada da área. Brasil coloca apenas dois na barreira. E a bola foi apenas cruzada… Não se chutava tanto a falta direta para o gol naqueles anos 1950.

 

31min – Zagalo enfia o sapato e a zaga francesa salva. Oitava chance brasileira.

 

32min – Nona oportunidade. Abbes sai mal de novo jogando com a equipe. Brasil recupera a bola e Vavá chuta por cima, sozinho. Só dá Brasil.

 

33min – Brasil pressiona. Marcel é cada vez mais um quarto-zagueiro.

 

34min – Primeira vez que Garrincha sai da ponta-direita. Partida discreta dele. Vem armar lance de frente pela esquerda.

 

34min – Joga muito e luta demais Zagallo. Merecia ser melhor reconhecido.

 

34min – Bola espirra pelo lado direito da zaga francesa, quase na intermediária. Jonquet se antecipa depois de dominar mal a bola e Vavá divide com ele. Lance normal. Mas sobra para o zagueiro francês. NÃO HOUVE GRITO E NEM RECLAMAÇÃO. NEM FALTA FOI. Árbitro põe a mão na canela do francês. Massagista esfrega e perna direita dele. Jogadores da França o colocam para fora de campo. Não havia maca. Jonquet coloca a mão na cabeça de desespero ao sair do gramado.  Kaelbel e Penverne franceses foram os companheiros que o levaram para fora.

 

Jonquet. FOTO: L'ÉQUIPE

 

VEJA O LANCE

35min52s, a dividida entre JONQUET e VAVÁ

 

 

Jonquet-1958

Jonquet se lesiona. Ele seguiria em campo. Mas fazendo número na ponta-esquerda. FOTO: ESPORTE FINAL

 

36min –  Piantoni tenta encobrir Gilmar e pega mal. Belo lance.

 

36min – Jonquet volta ao gramado. mas mancando.

 

39min – GOL! 2 A 1 BRASIL. DIDI. MEIA DIREITA. Bomba de pé direito, no ângulo de Abbes, que se abraça à trave esquerda francesa.

 

(NÃO TEMOS IMAGENS A PARTIR DOS 38 MINUTOS DO PRIMEIRO TEMPO ATÉ O INTERVALO).

 

Teve mais um lance de gol impedido por impedimento marcado de Garrincha

 

INTERVALO

PLACAR VIRTUAL – BRASIL 9 X 3

MELHORES DO BRASIL – Didi e Vavá

 


 

 

1958, brasil 5 x 2 frança_SEM JONQUET, 34 1T

A partir de 34 da primeira etapa, JONQUET foi fazer número na ponta esquerda. Marcel virou definitivamente zagueiro. Vincent e Kopa saíram menos para o jogo

 

 

RECOMEÇOU

 

38s – Zito manda por cima, da meia direita. Lindo lance iniciado por Garrincha, com a participação de todo mundo.

 

1min – Pelé recebe livre e manda por cima. É o ensaio do que seria o terceiro gol brasileiro contra a França. Lance idêntico.

 

2min – Abbes se antecipa e evita que Garrincha amplie, em lindo lançamento de Didi.

 

4min – Didi chuta e Abbes defende, depois de bela tabela com Vavá.

 

5min – Só dá Brasil. Time marca mais à frente e morde mais. Nilton Santos também está mais adiantado. França sente a ausência do lesionado Jonquet, que está fazendo número na ponta-esquerda.

 

5min – Vincent recebe na entrada da área e chuta no canto. Boa defesa de Gilmar.

Orlando rasga o lance e a meia. Jogava muito. FOTO: L'ÉQUIPE

 

6min – Jonquet segue em campo, fazendo número na ponta esquerda. Era o básico naqueles tempos. Jogador lesionado não podia ser substituído. Então ficava chutado na ponta esquerda.

 

7min – GOL. 3 A 1 BRASIL. PELÉ. De canhota, na pequena área, aproveitando falha de Abbes em grande lance de Zagallo.

 

 

58. 3 x 2. exposiçoesvirtuais

Pelé vai aproveitar a falha de Abbes para fazer o terceiro gol. FOTO EXPOSIÇÕESVIRTUAIS.COM.BR

 

 

9min – Zito se solta um pouco mais. Brasil marca muito bem e mais à frente.

 

 

10min – Bellini faz falta por trás e juizão chama a atenção. Falta batida nas mãos de Gilmar. Barreira tinha apenas três brasileiros. Infração cobrada rapidamente em apenas 17 segundos.

 

11min – Zito bate de longe, por cima.

 

12min – Mais um lance nuito parecido. Mané passa por dois, toca para Pelé que devolve para Vavá. Goleiro defende e, no rebote, Pelé quase fez.

 

14min – Até Zagallo faz graça com a bola. Torcida sueca aplaude.

 

15min – Segunda chance francesa na segunda etapa. Cabeçada de Fontaine para boa defesa de Gilmar. Zaga brasileira bobeou no escanteio.

 

Pele-vs-France-1958

Pelé vai aproveitar a falha de Abbes para fazer o terceiro gol. FOTO: JORNALHEIROS.COM

19min – GOL. 4 A 1 BRASIL. PELÉ. PÉ DIREITO. Garrincha faz toda a jogada pela direita. Pelé toca pra Vavá que é travado duro. Pelé aproveita rebote e define a goleada. Vavá cai dentro da meta com dor na perna esquerda. É atendido pelo mítico Mario Américo. Até a narração da partida em russo cita o massagista brasileiro.

 

21min – Linda e desnecessária ponte de Gilmar, em bola levantada por Kopa. Estádio aplaude.

 

22min – Sexta chance do Brasil. Poderia ter sido marcado pênalti do Kaelbel em Garrincha. Grande lance de Pelé. Mané exagerou na queda.

 

24min – Zito pega de canhota e isola. Cada vez mais o volante santista se manda em busca do gol dele.

 

26min – Brasil tira um pouco o pé do acelerador. Normal.

 

27min – Oitava chance do Brasil. Didi bate falta, sempre com efeito, para boa defesa de Abbes.

Didi, na charge do L'ÉQUIPE

 

28min – Pelé passa por três e para só no quarto rival.

 

29min – Zagallo manda na rede lateral.

 

29min – Gol da Suécia na semifinal contra a Alemanha. 2 a 1. Gren. O estádio explode.

 

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Capitães de Suécia (Liedholm) x Alemanha (Schaffer) antes da semifinal vencida pelos donos da casa, de virada, por 3 a 1. FOTO: improptuinc.com

 

29min – GOL. 5 A 1 BRASIL. PELÉ. PÉ DIREITO. Passe de Didi, o Rei matou no peito e fuzilou. Lance parecido com o do início do segundo tempo. Virou passeio contra 10 franceses e meio. Torcida sueca ainda celebrava o gol da virada contra a Alemanha, em Gotemburgo. 

 

31min – Senhora defesa de Gilmar, espalmando a escanteio tiro longo.

 

33min – Brasil bota França na roda, desacelerando o jogo e trocando bola. Mas com respeito, sem escárnio.

 

34min – Mais um grande desarme de Orlando, se antecipando muito bem.

 

 

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Orlando fez grande Copa em 1958. Zagueiro técnico, firme e com enorme poder de antecipação

 

34min – Didi dá caneta na entrada da área. Show brasileiro na Suécia.

 

34min – Vavá sente a coxa esquerda. Mário Américo o pega no colo e o leva para o vestiário, junto com o doutor Hilton Gosling. Não havia maca.

 

 

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Mário Américo e a bola da Copa de 1958. Figura conhecida em todo mundo

 

35min – Todo lance de Didi é bonito. Lindo drible no adversário.

 

37min – Mais um gol da Suécia em Gotemburgo. Explosão do estádio. Hamrin!

 

38min – Pelé abusa da firula. É o único.

 

39min – GOL. FRANÇA. 2 X 5. PIANTONI. Golaço. Pancada da esquerda, de fora da área, depois de linda caneta em Zito, passou por Bellini e bateu na rede lateral esquerda de Gilmar, que ainda tocou na bola. Eles mereciam esse gol.

 

39min – Zito levou a caneta mas deu chapéu sensacional no rival, na sequência.

 

4omin – Milionésima caneta de Didi em adversário, até ser derrubado na entrada da área. Que jogador.

 

41min – Zagallo manda a bomba, Abbes espalma.

 

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Zagallo fez grande Copa. sobretudo nos jogos finais. Não era melhor que o lesionado Pepe, mas dava um pé importante a Nilton Santos na contenção pela esquerda. FOTO: PANINI

 

 

43min – Mais uma bela caneta, desta vez de Kopa, que jogou o segundo tempo mais pela esquerda.

 

45min – Bola no pé de Zagallo que manda a bomba para defesa de Abbes, mas juiz acaba o jogo antes do chute!

 

ACABOU – Uma das melhores partidas de todas as Copas. França foi valente mesmo com um a menos. Fez os primeiros gols sofridos pelo Brasil em 1958. Mas já era menos time 11 x 11. Ou 13, pelo que jogaram Didi e Pelé.

 


PLACAR VIRTUAL SEGUNDO TEMPO: BRASIL 11 X 4

 

PLACAR VIRTUAL FINAL: BRASIL 18 X 7 FRANÇA


NOTA DO JOGO – 9

NOTA DO BRASIL – 9

NOTA DA FRANÇA – 7


 

BRASIL (NOTA 9)

GILMAR (8) – Sem culpa nos dois primeiros gols sofridos por ele na Copa. E sempre muito firme nas demais intervenções contra o poderoso ataque francês.

DE SORDI (6) – Sofreu com o ótima ponta Vincent na primeira etapa, e não brilhou na segunda etapa quando só tinha o zagueiro Jonquet fazendo número na ponta esquerda. Discreto.

BELLINI (6) – Marcar um centroavante que fez 13 gols em 6 jogos não é para qualquer um. É tarefa para um capitão como Bellini. Mas ele sofreu demais, e errou alguns botes.

ORLANDO (8) – Senhora partida do zagueiro pela esquerda. Grande poder de antecipação, botes precisos, muita firmeza na cobertura de Nilton Santos.

NILTON SANTOS (7) – Wisnieski mais jogava por dentro que atacava. O que facilitou o trabalho da Enciclopédia, que não pôde atacar tanto quanto brilho pelo Brasil.

ZITO (7) – Cresceu na segunda etapa, quando Kopa rodou menos, e a França sentiu um jogador a menos. Pôde participar mais das jogadas ofensivas, e conseguiu dar um pé atrás.

DIDI (9) – O craque da Copa de 1958 jogou demais, e jogava lindo demais. Ajudou Zito na contenção, e coordenou toda a armação brasileira, além de marcar um belíssimo gol, o que desempatou.

GARRINCHA (7) – Partida discreta de um gênio. Rodou apenas uma vez o ataque, e não esteve tão inspirado nos dribles e cruzamentos.

VAVÁ (8) – Além de raçudo e artilheiro, como meia-atacante que era no Sport, sabia sair da área e criar jogadas de ataque. Não teve intenção de quebrar Jonquet.

PELÉ (9) – Segundo tempo soberbo. E com apenas 17 anos. Rei.

ZAGALLO (8) – Grande partida de um jogador que foi injustiçado. Fez um gol que deveria ter sido validado, driblou bastante, armou lances, ajudou Nilton Santos.

VICENTE FEOLA (7) – Discreto, perfil baixo, armou um dos melhores campeões de todas as Copas.


FRANÇA (NOTA 7)

Abbes (7);

Kaelbel (5), Jonquet (5), Marcel (5) e Lerond (4);

Penverne (5);

Kopa (8) e Piantoni (6);

Wisnieski (6), Fontaine (8) e Vincent (6)

 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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