Pedro Rocha é redundante como Tricolor na Copa do Brasil. Galo 1 X 3 Grêmio
Pedro, em grego, significa "rocha". Pedro Rocha seria expressão redundante. Quase como "Grêmio campeão da Copa do Brasil" até 2001. Quando um 3 a 1 fora de casa contra um rival alvinegro técnica e teoricamente mais forte fez o eventual favoritismo do Corinthians virar pedrinha.
No Mineirão, ainda que 50 mil gritassem que acreditavam quando o gigante Pedro Rocha foi expulso infantilmente aos 21 do segundo tempo, depois de dois belos gols, e mais ainda quando Gabriel fez gol de Fred ou Pratto aos 36 para diminuir a desvantagem atleticana, o jogo foi tricolor. Do time que trabalhou melhor a bola como Maicon achou Pedro Rocha para desconectar Gabriel e abrir o placar. Da equipe que com Renato manteve o melhor do ótimo trabalho de Roger, e ainda resgatar o maior das conquistas tricolores: alma.
A que levou outra rocha e outro Pedro a avançar como lateral, cruzar como ponta, e dar a Everton o terceiro gol como ídolo que é Geromel. Pedro Geromel.
O bom senso que faltou a Pedro Rocha ao tirar a camisa depois de tirar pra dançar a zaga mineira na saga do segundo gol, aos 9 finais, pareceu saudável loucura de Geromel para dar o bote e sprint final quando o regulamento, o bom senso, o cansaço e o futebol pediam o resguardo como sólida rocha que é Geromel.
Pra que tentar um último ataque com um homem a menos? Se é que com um cara como esse você tem um homem a menos na batalha?
Geromel foi pela direita como se fosse um Tesourinha. Um Tarciso. Um Paulo Nunes. Cruzasse como um Arce. Vibrasse e decidisse como um Renato. O ponta e o técnico. O Portaluppi e o Gaúcho. Ou melhor. O gremista.
O que Falcão não teve tempo para ser no Inter em 2016, Renato é tudo e muito mais no maior favorito ao título contra o Galo que teve Victor para evitar algo ainda pior, teve Gabriel para fazer boas coisas atrás e à frente, e Cazares como símbolo de que o talento precisa servir o time. E quando o time não consegue trabalhar como time, as estrelas não desenham constelação. São apenas constatação de um buraco negro que suga energias. E dois títulos que eram possíveis.
Um já foi. O outro está indo. Parando em lugar mais do que merecido.
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