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Blog do Mauro Beting

Fabuloso. Vasco 2 x 1 Sport

Mauro Beting

10/06/2017 22h08

Escreve Gustavo Roman

Um show de horrores. Foi o que se viu no primeiro tempo em São Januário. O anfitrião tinha a bola. Mas não sabia o que fazer com ela. Abusava da ligação direta. Errava passes demais. Seu oponente jogava claramente no contra ataque. Esperando um erro para dar o bote fatal. E como errou o Vasco nos quarenta e cinco minutos iniciais.

Milton Mendes postou seu time num misto de 4-1-4-1 e 4-2-3-1. Wellington e Jean (este saindo mais para se juntar a segunda linha) mais recuados. Matheus Vital na direita. Douglas centralizado. Manga Escobar na esquerda. Na referência, Luís Fabiano. Foi o atacante quem teve a única oportunidade clara de gol da primeira etapa, aos quarenta e dois minutos.

Já Luxemburgo escalou o Leão no 4-1-4-1. Anselmo atuava entra as linhas, dando liberdade para que Thalysson e Rithely pensassem o jogo por trás. Osvaldo aberto na direita. Tomas, na esquerda. André no comando do ataque. Levou vantagem pelo lado direito com a boa combinação de Samuel Xavier e Osvaldo em cima de Henrique. De concreto, no entanto, nada. Apenas cruzamentos devidamente afastados pelos zagueiros adversários.

Milton Mendes voltou com Nenê na vaga de Wellington. Recuou Jean. E rearrumou o Vasco em um 4-1-3-2. Com o time mais solto, os donos da casa conseguiram exercer a marcação alta, pressionar a saída de bola do Sport. E começaram a levar mais perigo a meta de Magrão. Finalmente, Matheus Vital fez ótimo cruzamento da esquerda. Luís Fabiano testou e fez um a zero. Terceiro gol do fabuloso nas últimas duas partidas. Quinto no campeonato. Fazendo jus ao apelido e se tornando ídolo da torcida.

O gol deu mais tranquilidade ao Vasco que conseguiu controlar o jogo. Luxa abriu de vez seu time tirando Tomas e Anselmo e colocando em campo Rogério e Leandro. Não deu certo. Faltava criação no meio. Aos trinta e sete, o técnico Vascaíno sacou Matheus Vital, pondo Jomar em seu lugar. Passou a jogar no 3-5-2. Já nos acréscimos, contra ataque dos donos da casa. Nenê serviu Evander. Dele para a passagem de Gilberto. Na saída de Magrão, o chute cruzado. Douglas, que fechava na segunda trave fez o segundo. Deveria ter sido o gol do desafogo, da tranquilidade. Mas não foi. Na saída de bola, Gilberto cometeu pênalti ao atropelar Leandro. André cobrou bem e diminuiu. Ainda não seria dessa vez que a defesa Cruzmaltina completaria uma partida inteira sem ser vazada.

O Sport ainda tem muito o que melhorar. Luxa ainda não conseguiu uma semana livre para trabalhar. E na base da conversa e do "pijama trainning" a equipe Rubro-Negra não vai mostrando evolução. Ainda mais com a ausência de Diego Sousa, a serviço da Seleção.

Já para o Vasco uma vitória muito importante até para se recuperar da goleada sofrida em casa para o Corinthians. Soma mais três pontos e mostra ao torcedor que se acertar o sistema defensivo pode ir mais longe do que se imaginava no início da competição. Milton Mendes tem agora um dilema em suas mãos. Solta o time como na etapa final e deixa o frágil sistema defensivo ainda mais exposto. Ou segue fechando a casinha e maltratando a bola como nos primeiro quarenta e cinco minutos?

Escreveu Gustavo Roman

Veja a análise de Gustavo Roman 

 

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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