Corinthians se defende sem desarmar. Apenas se posicionando e se antecipando.
O Corinthians não desarma. Ele se antecipa, ele intercepta. Ou melhor: ele se posiciona.
O Timão tem sido o melhor time do campeonato. Disparado. Muito organizado defensivamente. Mas não apenas isso. Quando tem a bola, tem sabido o que fazer com ela mais do que o esperado. Trabalha bem. Aproxima os atletas. Joga apoiado. Ajuda e se ajuda.
Mas o melhor dele é o jogo coordenado defensivamente. Vem de Mano a partir de 2008 e até agosto de 2010. Passa por Tite do final de 2010 até dezembro de 2013. Um 2014 discreto com o próprio Mano. Um enorme 2015 com Tite até mais uma troca por conta da CBF, em junho de 2016. E voltou com tudo com Carille, em janeiro de 2017. Ex-auxiliar de Mano a partir de 2009, e por todo esse período.
Carille em pouco tempo armou duas linhas muito próximas de quatro na marcação sem a bola. Com dois atacantes ajudando no combate ao rival. Todos muito próximos e compactos. Sem dar espaços entre essas linhas. Com invejável disposição tática e física de todos. Como se fossem 11 Romeros marcando, 11 Jadsons armando, e 11 Jôs em clássicos finalizando.
Mas impressiona mesmo é a organização sem a bola. O trabalho para recuperá-la. Ou defender a meta. Ainda mais se comparado ao despedaçado e bagunçado Corinthians que, no BR-16, teve Tite, Cristóvão, Carille e Oswaldo. Um time que, ainda assim, teve o quarto melhor índice de desarmes do campeonato – 19 em média por partida, segundo o Footstats. Acredite: um desarme a mais que o líder de 2017, que hoje tem apenas o 12º desempenho em 20 clubes…
Qual o segredo da eficiência? A capacidade de concentração que leva ao bote correto. À interceptação precisa. Nisso o Corinthians é líder, com 6 por partida. Repetindo o retrospecto do campeão de 2016. O Palmeiras de Cuca tinha as mesmas seis bolas recuperadas por jogo. Muitas delas à frente. Com todo o time. Pela capacidade de concentração. A tal "intensidade" tantas vezes falada, nem sempre vista.
Embora com filosofias distintas, Carille e Cuca mostram que defender não é só desarmar. Também é ocupar espaços. Maior mérito do Timão de 2017. Time que é 14º apenas em faltas cometidas.
Uma equipe que comete poucas faltas e não desarma tanto. Mas sabe como se antecipar e se precaver.
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