As jogadas de Pedrinho. Corinthians 1 x 0 Botafogo. 

Pedrinho, se estivesse nas arquibancadas lotadas de Itaquera, parecia ser mais um franzino menino do bando de loucos impacientes com os muitos lances criados na ótima segunda etapa contra o arrumado misto do Botafogo. 

Pedrinho, se fosse o torcedor que parece ser, nem teria sentido tanto o pênalti perdido por Jô, na milésima grande defesa de Gatito. Lance fora da área que a arbitragem marcou dentro. Chance que não abateu um time que aprendeu a sofrer. E que sabe jogar quando o rival não dá espaços. 

Pedrinho, se pudesse escrever uma partida de sonho, imaginaria que no seu primeiro lance, aos 34 do segundo, criaria jogada sensacional pela esquerda, e que daria em gol corintianíssimo de Jô. Outro filho do terrão de parábola. Outra cria que o fiel lambe com orgulho. 

Pedrinho, pela bola que joga, seria até titular mesmo tão franzino. Mas como arrumar um lugar nesse time? Até o redivivo Marquinhos Gabriel não acha. E, quando teve chance, depois do intervalo, entrou muito bem. Carille sabe ser ofensivo. Sabe trabalhar a bola. E soube conquistar outro grande resultado. 

Pedrinho, se pudesse já ser titular, e tem bola para ser mais jogador do que todos, ainda assim seria banco. Porque nesse time que está ganhando todas, amigos, não tem como mexer. 

A não ser o que esse Corinthians tem mexido com o coração corintiano. Parece história da carochinha. Fábula. Mas é tudo Timão.