Digno de Pelé e Zico. Santos 4 x 2 Flamengo.

ESCREVE GUSTAVO ROMAN

Um grande jogo na Vila Belmiro. Um dos melhores do ano. Se não foi o melhor. Em desvantagem, Levir Culpi escalou seu time num 4-1-4-1. Com Yuri sendo o único volante. Vecchio e Lucas Lima por dentro. Copete na direita. Bruno Henrique na esquerda. Na frente, a volta de Ricardo Oliveira. Um time altamente ofensivo. E não havia outra coisa a fazer. Zé Ricardo surpreendeu com a escalação do criticado Muralha. E mudou um pouco o time taticamente. Deixou Márcio Araújo e Cuellar centralizados. Berrío na extrema direita. Everton do outro lado. E Guerrero tendo Diego mais próximo de si.

Com mais liberdade e  aproveitando muito bem os espaços nas costas da linha de quatro do Santos, o maestro do Rubro-Negro deitou e rolou no início do jogo. Foi dele o passe para Berrío abrir o marcador, em falha de posicionamento de Jean Motta, o meia improvisado na lateral esquerda. O time da casa sentiu o gol e a atuação segura dos visitantes. Até que Bruno Henrique driblou seu marcador e acertou balaço no ângulo, incendiando a torcida e recolocando a equipe no jogo. Aos 42, o árbitro Leandro Vuaden marcou pênalti de Réver em Bruno Henrique. Depois, voltou atrás acertadamente. O zagueiro acertou a bola primeiro. Lance normal.

E o que já era bom ficou ainda melhor para o Flamengo. Logo no primeiro minuto, Everton deixou Guerrero na cara do gol. Ele bateu cruzado e venceu Vanderlei. Ao contrário do que aconteceu na etapa inicial, o Santos seguiu atacando. Empatou aos oito, após falha de Rafael Vaz no lance que originou o escanteio. E virou um minuto depois, em novo cochilo da retaguarda Rubro-Negra. Especialmente de Márcio Araújo e Vaz. O Peixe ficava a dois gols da classificação.

Os visitantes sentiram o baque. Passaram a errar passes fáceis. O Alvinegro Praiano pressionou. Mas não conseguiu criar chances claras. A partir dos 25 minutos, o Fla se acalmou. Botou a bola no chão e esfriou o time e a torcida santista. Teve a oportunidade de empatar em cobrança de falta de Diego que Vanderlei salvou. Aos 48, Jean Motta cruzou. Muralha saiu mal do gol e Copete faz quatro a dois.

A passagem do Peixe para a semifinal ficou por apenas um gol. Os jogadores deixaram o gramado aplaudidos em pé pelo empenho. O Flamengo passa, mas segue não inspirando confiança em seu torcedor. Enfrenta agora um Botafogo que sabe sofrer e é fatal nas poucas vezes que ataca. Um grande clássico carioca. Tem tudo para ser mais um grande confronto. Assim como foi esse Santos e Flamengo. Digno da grandeza das duas equipes. Digno de Pelé e Zico.

ESCREVEU GUSTAVO ROMAN

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