Um tempo para cada. Corinthians 1 x 1 Flamengo.
ESCREVE GUSTAVO ROMAN
O tão aguardado duelo entre Corinthians e Flamengo teve um tempo dominado por cada equipe. Com esquemas espelhados, o primeiro tempo foi dos donos da casa. Atuando com as linhas compactas no seu 4-4-2, o Timão chegou pouco à frente. Mas, como sempre, foi extremamente objetivo e letal nos contra-ataques mesmo jogando desfalcado de três importantes atletas. Foi absurdamente prejudicado pela arbitragem que inventou um impedimento e anulou equivocadamente um gol de Jô. O Rubro-Negro tinha mais a bola, mas não tinha ideia de como furar o forte sistema defensivo do adversário. Até porque o volante que mais se lançava a frente para ser o elemento surpresa era o inoperante Márcio Araújo. E quando se enfrenta um time assim, não se pode errar. O Fla errou o passe no campo de ataque e proporcionou a chance do contragolpe. Jô entrou nas costas de Pará, que preferiu não fazer a falta para não ser expulso, bateu cruzado e abriu um a zero.
Zé Ricardo voltou do intervalo com William Arão no lugar de Cuellar. Fixou Márcio Araújo mais atrás. O Mengo melhorou. Até porque Arão mesmo sem ser brilhante contribuiu muito mais ofensivamente do que o contestado Araújo. Foi ajudado também por um recuo excessivo do Corinthians, que não tinha válvula de escape pro contra-ataque. O time carioca pressionou, mas seguia com o repertório ofensivo muito pobre. Praticamente só cruzou bolas altas na área numa clara demonstração de falta de criatividade.
A sorte rubro-negra é que o sistema defensivo do Timão errou demais. A ponto de permitir incríveis cinco oportunidades claras de gol na etapa complementar. Como no lance do gol. Primeiro Juan, que já havia perdido uma chance cristalina, ajeitou livre. Depois, Réver, de voleio e também sozinho, empatou. Completamente atípico.
Como foi atípica também a oportunidade perdida por Diego aos 29 minutos. Carille tentou velocidade no time ao colocar o xodó Pedrinho em campo. Não funcionou. Depois tentou Camacho para controlar mais a posse de bola. Zé Ricardo respondeu com Berrío na vaga de Trauco. Passou Everton para a lateral esquerda e Everton Ribeiro para o flanco esquerdo. A última cartada foi o jovem Vinícius Júnior no lugar do apagado Diego.
Aos 43, Pedro Henrique quase marcou contra após mais um centro da direita. A bola explodiu no travessão, quicou sobre a linha fatal e foi afastada. A única chegada do Corinthians aconteceu aos 45, Jô bateu cruzado, como fizera no gol marcado. Dessa vez Diego Alves se posicionou melhor e fez ótima defesa.
No fim, o resultado acabou sendo justo. Cada equipe dominou um tempo. O Timão pode e deve reclamar do grosseiro erro da arbitragem. Porém jogou menos do que podia e vinha jogando. Mesmo assim segue navegando em águas calmas rumo a mais um título brasileiro Já o Flamengo segue pior do que o bom elenco possibilita. Vive de centrar bolas para a área. Muito pouco para as qualidades individuais que possui. Mesmo assim, foi quem mais ameaçou a invencibilidade do sólido líder da competição.
ESCREVEU GUSTAVO ROMAN
Veja a análise de Gustavo Roman
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