Uruguai 2 x 1 Portugal. Eles não dão bola e nem espaço: dão orgulho.
Num dia em que Cristiano e Messi ficam pelo caminho, mais uma vez o Uruguai é exemplo. Com muito pouco faz muita coisa. Marca muito bem e, quando tem a chance, mantém o 100% de aproveitamento contra um rival que sofre quando Cristiano não é Ronaldo.
1º TEMPO – O jogo amarrado que se esperava, mesmo com Cristiano de um lado, e a espetacular dupla de goleadores Suárez e Cavani de outro. E foi numa virada impressionante de Cavani da ponta direita, aos 6 min, para Suárez dominar e cruzar um foguete para a cabeçada de artilheiro de Cavani que o jogo enfim teve graça. Profe Tabárez e dois monstros como Suárez e Cavani (que ainda estão longe do que sabem e podem) mostrando que dois goleadores podem jogar juntos se conseguirem se movimentar, se entender e dar opções como eles fazem. Com a vantagem obtida, com outros monstros entrosados com Giménez e Godin lá atrás, Portugal chegou quase nada. Também porque Cristiano seguia muito preso, Bernardo Silva pouco criava, e as inexplicáveis opções por Adrien Silva e Gonçalo Guedes (cadê Quaresma?) não foram usadas por Fernando Santos.
2º TEMPO – Portugal mexeu no posicionamento do time. João Mário abriu pela direita, Bernardo Silva foi liberado para articular por dentro e encostar em CR7, e Adrien Silva foi ser mais uma vez inútil pelo lado esquerdo. O time chegou um pouco mais. O Uruguai também mordeu ainda mais, com Cavani mais próximo de Suárez para não deixar os tugas saírem confortavelmente para o jogo. E foi numa bola parada como o primeiro tempo que Pepe empatou, aos 9, em rara falha aérea de Godin. O placar estava mais justo. Mas o Uruguai não dá bola a isso. Aliás, o Uruguai não dá bola e também não dá espaço. Ele dá orgulho a quem torce por ele. E vai buscar o placar como Cavani aproveitou um balão desde a defesa para marcar um gol de quem sabe. Portugal então foi para o jogo como deveria desde o início, com Quaresma, no 4-2-3-1. Mas foi tarde. Mesmo com Muslera querendo entregar o dulce de leche e a paçoca, Portugal não teve cabeça e competência para empatar. E nem Cristiano para resolver.
CHANCES DE GOL – 3 x 3 primeiro tempo; Portugal 4 x 2 segundo tempo. TOTAL: PORTUGAL 7 X 5.
O LANCE – 24 do segundo tempo, Uruguai 2 x 1, Cristiano ajudando Cavani a sair de campo, lesionado.
O CARA – Começou o lance do primeiro gol que ele marcou com rara cabeçada (ou carada, ou queixada, ou bocada) e terminou a classificação com chapada de quem sabe muito. Cavani é outro monstro.
TÁTICA – Portugal no 4-3-3 (4-4-2 sem a bola), e 4-2-3-1 com a entrada tardia de Quaresma. Uruguai no usual 4-4-2 de Tabaréz. mas recuando mais Cavani sem a bola depois do primeiro gol.
NOTAS DO JOGO – URUGUAI 6 X 6 PORTUGAL – JOGO NOTA 6
O CHUTE INICIAL – 1 X 1 (5 x 4 Portugal nos pênaltis, no meu palpite do bolão)
NO FRIGIR DAS BOLAS – Quem marca melhor atrás e quem mais marca mais à frente passa. Assim como na Euro-16 quando foi campeã, Portugal dá a impressão de que foi longe demais pelo que jogou e deixou de jogar.
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