Jair Ventura no Corinthians

Jair Ventura era o Osmar Loss do Botafogo quando Ricardo Gomes foi para o São Paulo no meio do BR-16, deixando o clube na turma do funil. Ele tirou um elenco muito mais limitado do que o que Loss não conseguiu dar jeito e nem jogo e o levou para a Libertadores-17 para ser o mais difícil rival do campeão Grêmio.

Também por isso Jair cogitado em Itaquera já em dezembro daquele mesmo 2016. Não veio. Ficou Carille. Virou história.

A que Ventura não conseguiu fazer no Santos por vários motivos. Também porque a ideia de jogo dele mais reativo, menos ousado, não combina com o DNA santista. Mas sim com o do Corinthians desde a reconstrução em 2008.

A escolha parece mais feliz do que apostar em Levir ou Luxemburgo. Poderia ser Dorival Júnior. Abelão não está disponível para ontem.

Vai com Jair. E pode ir melhor. Tão bem, com esse elenco e pressão, provável que não. Mas ele pode reorganizar a casinha. Pode dar liga. E a quatro jogos da decisão da Copa do Brasil, quem é que sabe?

Eu teria apostado – sem convicção – em Dorival. Mas a escolha corintiana tem lógica. Como também tem a permanência de Loss na comissão técnica. Em 1999 foi semelhante com Oswaldo de Oliveira, que voltou ao cargo para ser campeão paulista, brasileiro e Mundial, em 2000. Em 2017 deu muito certo com o bi paulista e brasileiro de Carille em situação semelhante.

Loss tem tempo. E capacidade. Se terá a chance, só o futuro sabe o que o futebol desconhece.