Basílio!
Basílio, em 1972, num dos cinco jogos inaugurais do Canindé, você deu a bola para o Rivellino fazer um golaço de pé direito pela sua Portuguesa.
Três anos depois, você chegou ao Corinthians para substituir o insubstituível Rivellino. Não conseguiu. Mas fez algo que nem o Bigode com o seu talento incomparável e ninguém desde 1954 conseguira. O gol do título redentor de 1977. Aquele pé direito que Ipojucan ensinou a bater naquela bola. A mais emocionante corintiana desde 1910.
O pé de anjo Marcelinho Carioca jogou e ganhou mais taças pelo Timão. Você jogava bem, mas nem mesmo titular absoluto era daquele time de Brandão. Talvez não fosse mesmo na Ponte Preta que tinha mais time.
Vaguinho poderia ter feito o gol na bola que bateu no travessão. Wladimir poderia ter feito o gol como o cara que viria a ser quem mais jogou pelo Corinthians. Mas aquela força que como essa camisa não se raciocina, só Corinthians, fez com que a bola do jogo, do campeonato e do Timão fosse sua.
Você não fez só O gol pelo clube onde também foi treinador. Você fez muito. E se fez mito. Nome do Basílio filho do meu amigo Vitor Guedes. De uma geração de basa do Corinthians que você fez Corinthians naquele chute nos anos 70.
Hoje, nos seus 70, um grande abraço de um amigo que o futebol me deu. E que deu tanto para os amigos de outras cores.
O mestre Brandão sabia de véspera que o gol seria seu. Mas nem ele poderia saber que aquela bola cairia mesmo nos melhores pés para ainda hoje serem reverenciados. Pés humildes de um cara que nunca os tirou do chão. Por isso levou pra sempre e elevou eternamente o seu nome.
Basílio, o pé no chão e de anjo.
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