Bola de cristal murcha? Passam os quatro grandes no SP-19.

Fossem todos os jogos das quartas do SP-19 no mesmo horário, eu assistiria à melhor campanha e futebol mais consistente do Red Bull Brasil de Zago contra o time que jogou mais bonito e melhor (mas deixou de jogar), o Santos de Sampaoli. E quase que só dele.

Promete ser o mais atrativo jogo. E o mais equilibrado, também. Com ligeira vantagem de chute e camisa para o Santos. E só por isso. Não por deméritos alvinegros, e até compreensíveis pelas dificuldades financeiras do clube, mas por imensos méritos do Red Bull. Primeiro clube que pode ser campeão em São Paulo sem ter o nome correto assim chamado na transmissão oficial.

Se tivesse quatro telas à frente e se os quatro jogos fossem hoje, no mesmo horário, claro que o coração estaria com o Palmeiras que mais uma vez enfrenta o Novorizontino nas quartas. Desta vez na melhor versão de Novo Horizonte. Mas ainda sem ameaçar o favoritismo alviverde, por mais que o time de Felipão venha entregando menos do que promete e do que pode.

Os olhos estariam com Santos x Red Bull Brasil. O restante veria o Corinthians encorpando e incorporando alternativas técnicas e táticas para superar a Ferroviária. Mas com pouco mais de atenção ao que pode fazer o São Paulo contra o Ituano. Não sei o porquê – e não sei mesmo – de o São Paulo ainda passar no meu chute. Porque bola não tem tido. Está muito pressionado. O Ituano fez melhor campanha, está melhor, e decide em casa. Claro que não será zebra se passar o Tricolor que desde 2005 não ganha Paulistão. Mas favorito ele não é.

Só no meu chute. Ainda aposto nos quatro grandes. Mas não será mesmo surpresa se Ituano e Red Bull passarem. Pelo que têm sido. Pelo que deixou de ser o Santos durante o próprio SP-19. Por tudo que o São Paulo deixou de ser São Paulo nos últimos anos juvenalizados, aidáricos e dislecos.