Pela proibição de políticos e cartolas botando medalhas e levantando taças e dando voltas olímpicas
Major Olímpio estava com a camisa da Seleção Brasileira em Itaquera torcendo pelo Corinthians dele, e com o número do partido pelo qual foi eleito.
Camisa do Brasil acima de tudo e do presidente dele acima de todos. Não com a camisa do clube pelo qual torce. Como qualquer cidadão tem o direito para tanto.
Mas se já não há como entender o porquê de a FPF o convidar para não apenas colocar as medalhas nos peitos tricampeões paulistas, o que dizer então de ele colocar no próprio pescoço uma medalha campeã?
Aparecer como José Maria Marin só no pódio não pode. Ou o mesmo Olímpio que também estava no Allianz Parque quando o rival figadal Palmeiras fez a festa campeã brasileira.
Um esportista ou um oportunista?
Reitero o que escrevi quando o seu presidente do nosso país foi ao pódio do BR-18 não apenas dar medalhas aos decacampeões brasileiros. Bolsonaro ainda levantou uma taça que nem o presidente do clube pode erguer. É só o capitão. É só o elenco.
E ainda foi dar volta olímpica com os campeões…
Vossa excelência, nobre senador, tem todo o direito de estar na tribuna – e longe das torcidas organizadas que você combate. Mas não de estar no gramado com medalha no peito.
Ao menos não fez a bizarrice que o deputado estadual tucano Cauê Macris cometeu ao levantar o caneco com Cássio e o secretário estadual de Esportes Aildo Rodrigues.
Se já era lamentável erguer canecos como fizeram os presidentes corintianos Andrés Sanchez (2009) e Roberto Andrade (2015) e o palmeirense Paulo Nobre (2015), ao menos eles presidiam os clubes. Não assembleias ou gabinetes.
As medalhas, vossa excelência, são dos atletas e comissão técnica. Não de quem as coloca no pescoço. Não de quem aparece na foto só na festa.
Na queda corintiana em 2007 não o vi nas arquibancadas.
Nas derrotas não o vejo nas redes, senador.
Nas próximas vitórias, vossa excelência, celebre nas tribunas com a discrição do cargo. Não seja célebre nos pódios que têm seus encargos.
E isso vale para os seus candidatos e para os meus parentes. Para os que votei na urna e para os que nos levam às ruínas.
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