Marlene, Matheus, Corinthians.
Errar era muito mais humano com Vicente Matheus. Genial na sua ignorância, brilhante na sua esperteza, inteligente na sua prática.
Ele tinha todos os defeitos do mundo. Mas fazia com amor aos seus e ao dele. Carisma absurdo. Corinthians eternamente.
Marlene era tão Corinthians quanto o seu Vicente. De um modo que ela fazia íntimo ele e o Timão. Tão de casa que ela também virou presidente. E ele, seu "primeiro-dano".
Quando eleita em 1991, assim o chamava quando comecei a fazer jornalismo esportivo na FOLHA DA TARDE. Quando recebi numa tarde na redação um telefonema. Era Marlene, em nome do Vicente. Ela reclamando de algo que escrevi, ele também. Mas logo dizendo que gostavam do meu jeito. Mesmo criticando. Mesmo não sendo corintiano.
Assim começamos a nos entender como gente e nos desentender como jornalista e presidentes. Assim foi até partir Vicente. Até ontem quando foi Marlene.
Vicente me fez chorar de raiva em 1979 quando melou a rodada dupla no Paulistão e depois iria tirar o embalo do Palmeiras de Telê. Mas ele e Marlene me ensinaram a manter minha linha de trabalho desde 1991. A que faz tanto eles me ligarem para me criticar pelas críticas. A que me fez algumas vezes não acreditar quando eles ligavam só pra me elogiar por algum elogio a eles.
Assim é a vida. Lá e cá. Assim foram os Matheus no Corinthians. Lá e lá também.
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