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Blog do Mauro Beting

Vantagem mínima? Athletico 1 x 0 Internacional.

Mauro Beting

12/09/2019 09h28

Bruno Guimarães se soltou um pouco mais como o Athletico precisava e acertou um chute com efeito que só quem sabe muito joga onde tirou de Lomba. Golaço, aos 12 finais. Justo, justíssimo para o que o Furacão produziu na Arena contra o Inter. 1 a 0. Não é muito. Mas pode ser o suficiente.

A questão é que o Athletico, como o próprio Inter, não é o mesmo longe de casa. E num território tão inóspito como o Beira-Rio, onde o Colorado de Odair exerce o mando de jogo e de campo como poucos no Brasil, a vantagem conquistada em Curitiba pode não ser definitiva. Ou pode levar a mais uma disputa de pênaltis, tal o equilíbrio de muitas forças e poucas fraquezas dos finalistas da Copa do Brasil.

Duas equipes que se respeitam e são mais dos que respeitáveis. Até demais na primeira etapa de poucas chances concedidas pelo Inter, entrincheirado em seu campo, com o 4-1-4-1 reativo e acanhado demais. Sem saída. Para ele e para o Athletico.

Guerrero acabou muito isolado. Sem o apoio dos gringos pelos lados e, sobretudo, da dinâmica cavalaria colorada de Edenilson e Patrick, que desafogam a equipe. Mas que desta estavam muito atrás. Ou mais uma vez fora de casa, sem querer tirar o pé do próprio quintal aquartelado.

Também porque o Furacão era todo ataque. Embora não tenha conseguido ser todo esse ataque. Fazendo na Arena o que o Santos fez contra ele na Vila: os laterais espetados na frente, abrindo o campo e alargando o jogo com a amplitude de Khellven e Márcio Azevedo, com os meias Nikão e Bruno Guimarães chegando para dialogar com Rúben. E ainda Citradini para dar apoio, com Roni para tentar ganhar na velocidade e talento os espaços que o Inter não concedia. E nem parecia propenso a buscar do outro lado.

O gol da vitória que nasceu logo depois da entrada de Thonny Anderson para deixar o Athletico com mais gente na frente. Mas sem necessariamente criar tantas oportunidades assim. Foram três boas chances para cada lado. É pouco. Também porque finais são assim. Também porque o futebol brasileiro tem sido isso. Ainda mais em Copas.

Mas que não se negue o elogio a Athletico e Inter pelo que têm feito. Mais ainda pelo que deixam seus treinadores fazerem por mais de um ano. Dá resultado dar trabalho a quem entende.

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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