Deve gritar. Flamengo 3 x 1 Bahia.
Os times de Zico ajudaram a criar a partir dos anos 1980 a mística do "deixaram chegar" do Flamengo. O título brasileiro de 1992 também foi assim, a partir da última partida do quadrangular semifinal. O de 2009, a mesma história. Ainda mais inesperada e emocionante pela arrancada até a conquista do hexa.
Essas espetaculares reviravoltas ajudaram a criar no torcedor rubro-negro um sentimento de que tudo no final daria certo. Mesmo que longe do final. No BR-16, o cheirinho era uma zoação que ficou séria demais e jogou contra, afinal o time so foi líder do campeonato nos 19 minutos em que esteve à frente do Palmeiras no Allianz Parque. Em outros anos, as decepções acabaram sendo maiores pelas expectativas desmedidas sobre elencos não tão estelares, equipes não tão ricas.
Em 2019, o jogo virou. O torcedor do melhor time deste Brasileiro, para não dizer da melhor equipe no século, tem todo o direito de fazer o que fez na grande virada sobre o bom Bahia de Roger. Não só o direito. Tem toda a segurança de gritar antes da hora que é "campeão" faltando 18 pontos em disputa para quem ampliou para 10 pontos a vantagem sobre o vice-líder (e atual campeão brasileiro).
O Flamengo está ganhando lindo o jogo e o BR-19. Fazendo festa em campo e na arquibancada. Exemplo para os rivais e para ele mesmo.
Completou um turno invicto em jogo mais complicado do que a encomenda. O Bahia aproveitou as boas qualidades do seu contragolpe e teve a sorte de em duas bolas caramboladas Arão marcar contra.
Na segunda etapa, Reinier substituiu Vitinho e entrou muito bem para empatar. Com Everton Ribeiro armando bonito, Gabriel Barbosa relembrando bons momentos no Santos pela direita, e mais uma joia da base carioca empatando. O da virada seria mais um belo gol de um time acostumado a fazer belos lances e gols. Desta vez foi uma trivela de Filipe Luís que achou Gabriel para servir Bruno Henrique.
Faltava o do artilheiro que se igualou às marcas históricas de Zico no Brasileirão. E foi numa falta de Galinho de Arão que bateu na trave que ela sobrou para Gabriel liberar o grito merecido de "campeão".
Tão evidente como aquelas passagens de Regis Rosing na Globo antes dos gols. Parece tudo decorado. Tanto que o goleador foi beijar a testa do repórter global depois do gol da virada da vitória do time que merece toda a festa que faz em campo.
Parece um roteiro de ficção. E é tudo Flamengo.
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