O torcedor profissional e o remunerado
Parte do elenco do Palmeiras passou debochando na frente da loja oficial do Flamengo, no aeroporto de Santos Dumont, depois de ganhar o deca contra o Vasco, em 2018, deixando o Flamengo como vice. Foi filmado e postado.
Parte do elenco do Flamengo, puxado por Gabriel Barbosa, cantou em gravação em rede social a musiquinha que tentar debochar do Palmeiras, maior rival rubro-negro em disputa dos principais títulos, desde 2016. Tá no ar, em 2019.
Como esteve quando boa perto do Athletico zoou Gabriel na eliminação na Copa do Brasil de 2019, no Maracanã.
Deboche de lado a lado que era mais natural e melhor aceito há décadas. Ou resolvido lá dentro. Hoje virou caso de polícia. Também pela soberba de alguns, e pela falta de espírito esportivo de muitos. Algo que jamais se pode cobrar. Mas apenas torcer.
Algo que dificilmente conseguimos fazer hoje em dia. Sejamos profissionais ou não. Torcedores ou não.
Que tudo fique na provocação apenas. Não na privação das faculdades mentais.
Quem zoa precisa saber ser zoado. Muitas vezes não sabe nem zoar e muito menos ser zoado.
Claro que há limites. Ou deveria haver.
Sou dos que zoam mas aceitam ser zoados. Na minha. Não no ofício.
O problema é que alguns profissionais mais remunerados que profissionais não conhecem limites. Mesmo ganhando muito acabam se perdendo.
O futebol também é a alegria da desgraça alheia. Amo o meu time e odeio o seu. Tá valendo. Quero mais que o seu time perca do que o meu ganhe. Também é do jogo. Vou zoar a sua derrota já que não consigo celebrar a minha vitória. Também faz parte.
O que não pode nunca é sair na porrada.
Algo fácil nestes dias tristes de muita intransigência, intolerância e ignorância. Quando se troca a própria alegria pela alergia alheia.
Um dia é do porco, outro do urubu. Nesse mundo animal de ânimos exaltados só peço um pouco mais de racionalidade de todos os lados. Para quem vive de ração e/ou reação.
Gabriel, por ora, atiça muito e tem segurado a onda. Quem procura acha revolta. Era assim com Paulo Nunes, Edilson, Edmundo. Eles aguentavam o tranco que criavam com suas broncas e brincadeiras.
Quem se acha também se perde.
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