Audax 2 x 1 Palmeiras - Mais do menos
A boa notícia para o palmeirense: o time de Cuca fica mais com a bola. A má notícia: segue sem saber o que fazer com ela.
A muito bem armada equipe de Fernando Diniz muitas vezes exagera na troca de bola, sobretudo atrás. Pode e deve dar uns bicos na pelota. Pode ser como jornalista esportivo: tem horas que é preciso dar um chutão. Não tantos, como fazia o Palmeiras – e nós, na imprensa.
Botar a bola no chão faz bem. Foi assim o segundo gol do Audax, de Camacho, meia que é volante no time do Osasco, e entrou na área verde como atacante. Como o lateral-zagueiro Velicka entrou na área, foi derrubado por Zé Roberto que segue muito mal, e ganhou o pênalti que deu em gol.
Cuca mudou mais uma vez o time: veio com João Pedro no lugar que não vinha sendo de Lucas (e poderia ser Jean), mais uma vez plantou Arouca na cabeça da área como ele jogava no Santos 10-11 (mas sem o mesmo desempenho), Gabriel saiu mais pela direita (como jogava pelo Botafogo), abriu Dudu, centralizou Robinho.
E seguiu tudo igual. E ruim.
Cuca mudou de novo no intervalo: saiu Gabriel e entrou Rafael Marques, para ficar aberto pela direita (vez e outra trocar de lugar com Gabriel Jesus), Dudu voltou a centralizar, e Barrios no lugar de Alecsandro. Com isso tudo, Robinho voltou a ser o segundo volante. Um 4-2-3-1 mais 4-1-4-1. Quase o 4-2-4 do final do jogo contra o Nacional.
Mas foi mais do menos. Audax bem montado e entrosado, perigoso no contragolpe armado por um camisa 10 de talento – Juninho, emprestado pelo Palmeiras…
O Audax era mais perigoso. Erik entrou, e trouxe velocidade ao time na primeira bola até ser derrubado pelo goleiro Felipe Alves fora da área. Ele sentiu a lesão e foi substituído por Sidão. Na primeira bola não conseguiu defender a pancada de Barris, aos 32. Na segunda, Dudu mandou a bola fora do estádio. Aos 47, Barrios bateu de canhota, o goleiro defendeu bonito.
Mas o jogo acabou mais uma vez feio para o Palmeiras.
Muito feio.
Ainda tem muito jogo até O Jogo contra o Rosario.
Mas, com esse joguinho… Não tem jogo.
Marcelo Oliveira não era o problema – e não foi a solução.
Cuca pode resolver. Mas precisa ter o tempo que ainda não teve com um elenco que não é tudo aquilo. Mas também não pode jogar nada disso.
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