Botafogo 2 x 2 Flamengo
ESCREVE DANIEL BARUD
Clássico é clássico. E vice versa. E o embate entre os cariocas em Juiz de Fora não poderia ser diferente. O que faltou de técnica sobrou de emoção. 4 gols, Willian Arão e seu reencontro com a torcida do Botafogo, Jefferson salvando a equipe alvinegra, as falhas de Paulo Victor. Houve de quase tudo.
Muricy reclama do cansaço, mas escalou Guerreiro, que jogou terça no Uruguai, quarta em Brasília e sábado em Juiz de Fora. Não deve ser fácil jogar 270 minutos em alto nível. O cansaço é nítido no peruano, que assim como no clássico contra o Vasco, perdeu gols feitos e jogou mal. Vale destacar a partida de Alan Patrick com a camisa rubro-negra. Organizando, articulando as jogadas e ainda marcou um golaço, diferente de Éderson, apagado. Cirino fez bom segundo tempo e regular primeira etapa.
Enquanto isso, Ricardo Gomes faz o feijão com arroz. Uma equipe organizada defensivamente, coordenada, que vem dando resultados (apesar de não ter convencido nos clássicos), com pouco investimento e muita juventude aliada à experiência. Ribamar, por exemplo, subiu as pressas para o profissional para completar o grupo na pré-temporada, hoje é titular com apenas 18 anos, com experiência de gente grande, fazendo pivô, protegendo as jogadas, foi inteligente e sofreu pênalti infantil de Wallace, mesmo sem tocar na bola. Sem falar na presença de área, dando trabalho para a zaga rubro-negra, ora com Juan, ora com Wallace. Juan Salgueiro faz a dupla de ataque com ele, alinhando seus 33 anos de experiência.
Jefferson fez, mais uma de muitas, excelente partida. Seguro sempre que exigido, seja em cobrança de falta de Alan Patrick seja frente a frente com Guerrero. Enquanto isso, o arqueiro rubro-negro não estava em tarde inspirada: falhou grave no primeiro gol, caçou borboleta e não achou nada. Joel Carli agradeceu e tocou para o fundo do barbate. Na cobrança de pênalti de Rodrigo Lindoso, espalmou no pé de Fernandes (apesar da invasão à grande área do botafoguense) e saiu muito mal no rebote. Sem falar nas falhas em cobranças de escanteio e faltas na área.
Taticamente o duelo foi bem parelho. Muito equilibro e marcação no meio-campo. Muricy levou a campo o Fla no 4-4-2, com Cirino e Guerrero na dupla de ataque, com Éderson e Alan Patrick flutuando como meias, atrás do volantes alvinegros. Cuellar e Willian Arão dando consistência na saída de bola rubro-negra. As principais jogadas de ataque do Fla passavam pelo lado direito de ataque, com Willian Arão, Alan Patrick e Rodinei, muito acionado e eficiente no apoio ao ataque. O primeiro gol rubro-negro saiu após cruzamento do lateral direito e o meia Alan Patrick pegou na veia.
Ricardo Gomes começou com Airton no tripé de meio-campistas, mas precisou substituí-lo com apenas 5'minutos, devido a uma lesão no músculo adutor da coxa esquerda. Colocou o jovem Fernandes de 21 anos e o meio-campo continuou regular. Bruno Silva e Rodrigo Lindoso auxiliavam o jovem na intermediaria. Gegê e Juan Salgueiro atacavam mais do que defendiam. Ribamar era a presença de área, ora se movimentando, ora fixo segurando os zagueiros do Fla.
O arbitro Luis Antônio Silva dos Santos, o Índio, esteve mal. Apesar de ter marcado bem o pênalti, falhou na sequencia ao não anular a cobrança, após invasão do botafoguense Fernandes que pegou o rebote e tocou para Rodrigo Lindoso que marcou o segundo do Bota. Seu auxiliar falhou feio em marcar um impedimento de Éderson, claramente em posição legal, após Guerrero perder chance cara a cara. O bandeirinha estava mal posicionado.
Os 16.150 torcedores que renderam R$ 811.510,00 (sem gratuidades) e foram ao estádio Municipal Mario Helenio, não viram grande espetáculo tecnicamente.
O Fla não tem muito o que reclamar e terá jogo duro no próximo fim de semana, em Volta Redonda, diante do Boavista. Já o Botafogo enfrentará o Bangu na próxima rodada. No meio de semana, os alvinegros vão a Alagoas enfrentar o Coruripe pela Copa do Brasil.
ESCREVEU DANIEL BARUD
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