América-MG 2 x 0 Cruzeiro
ESCREVE DANIEL BARUD
Muita marcação e poucos espaços. Essa foi a tônica do clássico mineiro no Independência. No duelo entre Givanildo de Oliveira e Deivid, melhor para o veterano que anulou as ações ofensivas cruzeirense, quebrou a invencibilidade da equipe azul e jogará por um empate no jogo de volta. O América não perde em casa desde setembro do ano passado.
Cruzeiro começou melhor, criando mais, com posse de bola, arriscando chutes de fora da área. Trabalhava mais a bola, trocando passes no campo de ataque, controlava o jogo através da posse.
O América-MG, como era de se esperar, se defendia bem, fechando os espaços, negando as infiltrações e saía em ligações diretas, procurando Victor Rangel, que segurava a bola, fazendo o pivô, protegendo as jogadas. João Ricardo aproveitava os tiros de metas para achar centroavante americano. O América era muito espaçado no meio-campo e pouco criava no campo de ataque.
Rafael Silva quase abriu o placar, após avanço de Alisson pelo flanco esquerdo de ataque cruzeirense. Lá era o mapa da mina cruzeirense. Com Tiago Luiz já amarelado (e suspenso da próxima partida, por estar pendurado), os espaços deixados eram cada vez maiores. O flanco direito de defesa americano era o mais frágil e o mais utilizado pela equipe do Cruzeiro. O centroavante cruzeirense até chegou a abrir o placar, mas em posição irregular, o bandeirinha anulou corretamente.
O Cruzeiro era melhor, mas não conseguia fazer com que a superioridade técnica se convertesse em gol. Após o domínio territorial inicial do cruzeiro, o America começou a equilibrar o jogo, além disso a equipe celeste perdeu intensidade. O Coelho começou a gostar do jogo. Com bolas na área em escanteios e faltas laterais, assustava o goleiro Fábio.
Tiago Luis cobrou falta aos 42 da etapa inicial, a zaga cruzeirense fez a linha de impedimento, mas Ariel Cabral falhou e deixou Adalberto sozinho para estufar as redes. Coelho 1 a 0.
Primeiro tempo de domínio da posse de bola do Cruzeiro inoperante, sem converter em chances de gol, diante de um América com uma proposta definida no contragolpe.
Assim como no primeiro tempo, o Cruzeiro começou tomando a iniciativa. Buscando empatar o jogo, Deivid colocou Élber no lugar de Ariel Cabral, que não fez bom primeiro tempo. E logo com 3 minutos, o substituto quase empatou. Ele entrou em diagonal, fazendo o facão, driblou o goleiro, mas chutou mal e bola passou rente a trave. Quase gol da equipe azul de BH.
O América não mudou a postura: muita marcação, pouco espaço e saída rápida. Quando ia ao ataque, passes rápidos, decisivos, chutes de fora da área e muita eficiência. Tiago Luis era o nome da equipe mandante. Com uma bola na trave e defesas sequenciais de Fábio, o América assustava os cruzeirenses.
Deivid tirou Arrascaeta e colocou Pizano, para tentar o empate. Victor Rangel pediu pênalti, após choque com Bruno Rodrigo, mas o juiz mandou seguir.
O Cruzeiro insistia, mas não conseguia furar o bloqueio americano. Ia ao ataque, tentava, cruzava, chutava, mas João Ricardo ou os defensores americanos afastavam o perigo. Rafael Silva foi tocado na grande área após jogada pelo flanco esquerdo. Pênalti não marcado para o Cruzeiro.
E já dizia o ditado: Que não faz, leva!
Eis que em mais um contra-ataque rápido, o Coelho ampliou. Victor Rangel só teve o trabalho de empurrar pra rede, depois de receber o passe da direita de Pablo. América 2 a 0.
O gol sofrido abalou o Cruzeiro, que tentou marcar, mas foi em vão.
No jogo de volta no próximo sábado, no Mineirão, o Cruzeiro precisará devolver o placar. Para o América, qualquer empate serve para avançar para a final. Além disso, pode perder por um gol de diferença.
ESCREVEU DANIEL BARUD
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