Grêmio 0 X 1 Rosario Central
Faltou um Geromel naquela bola vadia que veio lá de Rosario, pererecou entre Bressans e Freds e sobrou para Ruben assustar e assinalar o gol argentino.
Faltou tudo a partir de então contra o melhor argentino. Dos melhores times desta Libertadores. Talvez a pior partida de Roger no Grêmio. Certamente das partidas menos gremistas na competição.
Parecia o Tricolor descolorido e desmontado por Riquelme na final de 2007. Nada deu certo. Nem pinta de que daria. A chance tida foi bisonhamente isolada por Bolaños no fim do primeiro tempo. Ele também estava entregue ao próprio azar por um time que não rodou. Não marcou. Não jogou. E pode até celebrar ter sido só de um em Porto Alegre.
Jogou nada contra quem sabe jogar. Ainda mais na volta. Haja Grêmio para reverter na Argentina.
Sobretudo se Wallace e Luan jogarem tão pouco. Mas eles são jovens. Os mais rodados que precisam se fardar melhor para a nova batalha.
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ESCREVE DANIEL BARUD
Na Arena do Grêmio o jogo foi quente. Pegado. Faltas e chegadas ríspidas. O Rosario parecia estar em casa, sem se incomodar com a torcida gremista, marcando firme, intenso, jogando no campo de ataque, criando oportunidades de gol.
Bolaños teve chance no inicio, mas quem abriu o placar foram os visitantes.
Marco Ruben abriu o placar logo aos 13'min. Em lançamento para área, Herrera ajeitou para o artilheiro Ruben, oportunista, finalizou bem. Sem chances para Marcelo Grohe.
A equipe gaúcha parecia tensa, nervosa. Destemperada e mal emocionalmente, pilhada. Quando tinha a bola, faltava paciência e criatividade. Pouco futebol. Muito destempero.
Taticamente, o Rosário foi a campo no 4-4-2 losango com Herrera e Marco Ruben como dupla de ataque. Os visitantes marcavam em bloco alto, ocupavam muito bem os espaços sem a bola, compactando as linhas, negando as infiltrações para os gremistas.
O Grêmio pouco criou na etapa inicial. O 4-2-3-1 de Roger era muito espaçado e tinha dificuldades na transição e criação das jogadas. Com Luan na direita e Giuliano na esquerda, o Grêmio era muito estático e sem espaços para mudar o rumo do jogo. Douglas era bem marcado. Bolaños tentava abrir espaços no ataque.
A única grande chance do Grêmio na primeira etapa foi após escanteio, a bola sobrou para Miller Bolaños na pequena área e o equatoriano desperdiçou a chance do empate.
Ruben quase ampliou para os argentinos, encobrindo Marcelo Grohe, mas o travessão salvou o Grêmio.
O primeiro tempo terminou e o Grêmio pouco incomodou, devido a marcação e imposição dos visitantes. Mesmo com mais posse de bola, o Grêmio foi muito previsível, lento e pouco criativo, assustado.
Na etapa final, Roger mudou sua equipe. Colocou os jovens Lincoln e Everton, além de Bobô. Tirou o veterano e apagado Douglas, Maicon e Bolaños. Apesar das alterações, o padrão de jogo não mudou: estático, engessado e previsível nas ações.
Já Eduardo Coudet trocou o losango por um 4-3-2-1, mas manteve a postura e atitude de seus comandados: marcação alta, pressão no portador da bola, setores organizados, saída de bola rápida, com toques verticais e objetivos. Lo Celso entrou no lugar do artilheiro Marco Ruben, deixando Herrera perturbando os zagueiros na frente e se juntou a Cervi na armação.
O Grêmio fez sua pior partida no ano, se não a pior partida de todas sob o comando Roger. Precisa melhorar e MUITO. Sem Geromel, foi muito vulnerável na defesa e sem criatividade no campo de ataque, muito previsível e sempre buscando a velocidade de Bolaños. Sem sucesso. Em Rosário terá que jogar tudo o que não jogou em Porto Alegre.
ESCREVEU DANIEL BARUD
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