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Blog do Mauro Beting

Atlético Mineiro 2 X 1 Racing

Mauro Beting

05/05/2016 09h46

O melhor prato para comer em estádio no mundo é o tropeiro do Mineirão. Não há nada igual em Belo Horizonte e na galáxia.
Mas o Galo tem outro Pratto gourmet. Golrmet, com o perdão do trocadilho.
O Pratto que correu atrás da bola que deu para o gol de Carlos como se fosse um ele mesmo de comida. Com o apetite copeiro e tropeiro do atleticano.
Lisandro empatou em pênalti bem cavado e discutível e muito bem batido e convertido.
Brumas de 2015 no Horto. O mesmo Lisandro colorado que tirou o Galo. Com o mesmo Aguirre no banco. Agora do lado de cá.
Veio o segundo tempo. Não veio mais uma vez aquela atuação que esse time e esse elenco podem dar. Nervoso. Com problemas contra o Racing que de novo acertou o pé.  Mas Victor estava lá para dar as duas mãos. Santo em casa faz milagres.
Mas é o Pratto feito que dá gosto. Um balaço no travessão e rebote perdido pelo disperso Robinho.
Uma bola lançada na área e o gol de Pratto. Esse gol.
Um pênalti pra ele coroar a atuação de fome e de fazer fama. Um pênalti perdido. O segundo seguido.
Seguiu a blitz hermana. Quase Lisandro empata no fim. Quase elimina de novo.
Mas o que até 2013 parecia que jamais seria Galo mudou. Virou o jogo. Como Pratto, esse time vai cheio como a torcida. Tem sustância. Tem gosto. Dá gosto.
Deu Galo.
Mas é preciso mais que isso.

 

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ESCREVE DANIEL BARUD – @BarudDaniel

Rivalidade.

Brasil e Argentina.

Duelo pegado. Com a tradicional catimba sul-americana.

O Galo precisava vencer, tomar a iniciativa, propor o jogo, criar as oportunidades. O empate sem gols levaria a vaga para a decisão por pênaltis.

Quem pensava que o Racing ficaria atrás, se defendendo, jogando por uma bola aérea ou um contra-ataque rápido, se enganou e MUITO.

O primeiro tempo do Racing em Belo Horizonte foi bem ofensivo, marcando em bloco alto, criando chances, apertando o Atlético. Facundo Sava levou a campo a equipe de Avellaneda no 4-2-3-1, criando as chances sempre pelo lado esquerdo de ataque, no lado direito da defesa, em cima do Marcos Rocha.

Panorama da etapa inicial. (TacticalPad)

Panorama da etapa inicial. (TacticalPad)

Enquanto isso, o Atlético entrou em campo nervoso, afobado, caindo na pilha dos argentinos, cometendo faltas bobas. Com dificuldades para criar oportunidades e na transição defesa-ataque, o 4-2-3-1/4-3-3 com Robinho vindo da esquerda, centralizando e tentando armar as jogadas ofensivas. Lucas Pratto era móvel, fazendo bem o pivô, saindo da área, abrindo espaços para infiltrações e criando chances. Foi dele o cruzamento para o gol de Carlos. Galo 1 a 0.

Junior Urso mais a esquerda, formava um trio de meio-campistas com Rafael Carioca e Leandro Donizete. Este último cometeu o pênalti infantil no centroavante Lisandro López, que converteu o pênalti e empatou o placar.

O jogo ainda manteve a pegada. A disputa. O Atlético errava bastante passes e faltava acertar mais o gol. O Racing aproveitava os espaços e falhas defensivas no lado direito, com avanço de Grimi e Acuña.

Facundo Sava ainda mexeu. Colocou Gustavo Bou e Diego Milito, mas o Racing não conseguiu acertar as finalizações como no primeiro tempo. Já o Atlético foi bem mais eficiente do que na primeira etapa. Pratto ainda perdeu um pênalti. Mas já tinha feito o dele. De cabeça. Galo 2 a 0. Classificado.

ESCREVEU DANIEL BARUD

Sobre o Autor

Mauro Beting é comentarista do Esporte Interativo e da rádio Jovem Pan, blogueiro do UOL, comentarista do videogame PES desde 2010. Escreveu 17 livros, e dirigiu três documentários para cinema e TV. Curador do Museu da Seleção Brasileira, um dos curadores do Museu Pelé. Trabalhou nos jornais Folha da Tarde, Agora S.Paulo e Lance!, nas rádios Gazeta, Trianon e Bandeirantes, nas TVs Gazeta, Sportv, Band, PSN, Cultura, Record, Bandsports, Foxsports, nos portais PSN, Americaonline e Yahoo!, e colaborou nas revistas Placar, Trivela e Fut! Lance. Está na imprensa esportiva há 28 anos por ser torcedor há 52. Torce por um jornalismo sério, mas corneta o jornalista que se leva muito a sério

Sobre o Blog

O blog fala, vê, ouve, conta, canta, comenta, corneta, critica, sorri, chora, come, bebe, sofre, sua e vive o nosso futebol. Quem vive de passado é quem tem história para contar. Ele tem a pretensão de dar reload no que ouvi e li e vi e fazer a tabelinha entre passado e presente para dar um toque no futuro.

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