Larry e os seis. Colorado no Olimpo.

Quatro gols no Gre-Nal.
Bastaria isso.
Quatro gols no clássico de inauguração do Olímpico, em 1954.
Bastaria.

Quatro gols na estreia dele em O Jogo.

Apenas isso.

Sexto maior artilheiro colorado. Um dos craque do segundo Rolo Compressor do Inter, ao lado de Bodinho. E Chinesinho. E tanta gente ótima também campeã pan-americana pelo Brasil gaúcho, em 1956.

Atacante "cerebral". Era o apelido dele pela técnica admirável, forjada nas Laranjeiras, onde foi Fluminense, de 1951 a 1954.

No Rio de Janeiro não era o que virou no Rio Grande do Sul que abraçaria até hoje, quando a pneumonia o levou, aos 83 anos.

Foi Inter de 1954 a 1961. Vereador e deputado. Comentarista. Sempre colorado.

Técnico e cerebral. Raro para aquelas tardes e noites campeãs gaúchas em 1956 e 1961.

Mas foi mesmo o primeiro Gre-Nal do Olímpico eterno como ele. Desde 1954 ninguém marcou quatro num só Jogo. Em O Jogo.

Aos 42, ele virou o placar para 2 a 1. No recomeço, saiu a dribles desde trás. Enio Rodrigues deu o bote. Ficou estatelado. O goleiro Sérgio Moacir tentou evitar o terceiro. Foi encoberto pela categoria de Larry.

O goleiro ficou louco com os companheiros. Mas deveria mesmo era ficar com Larry. Ele fez o quinto. E o sexto. Quatro deles no Olímpico.

Larry.

Lá.

Do Olímpico ao Olimpo colorado.

Aproveita e manda abraço em Fernandão. Peça uma força pelo hexa.  É questão de horas. Ainda que com as ressalvas que a tua trajetória não teve nos Eucaliptos.