"O fair-play acabou com o futebol". Brinca o Bauza.
Patón era o irmão menor dos Bauza. Mas poderia chamar de Lancha. Calça 46. Com 15 anos em Rosario já calçava 45. Por isso tinha pé de pato. Arma bélica para dar suas patadas em campo, como zagueiro de 1977 a 1992. E um dos zagueiros artilheiros da bola. 108 gols!
Ele não alisava. Gostava daquele jogo bruto em que um zagueiro combinava com o outro para saber quem dava primeiro no centroavante adversário. Becão típico.
– O fair-play acabou com o futebol.
Ele brincou assim no Fox Sports. Mas, lá no fundo, fala sério. O futebol que jogou na América do Sul é outro. E o futebol que ele quer ver nos times deles também não é o de patadas de Patón. É o "ordenado". Organizado. Equilibrado.
Os detratores dirão que é o bilardista retranqueiro da anedota. Ele foi jogador de Carlos Bilardo na Argentina, em 1990. Brinca que não levou agulhadas do treinador que, nos tempos de meio-campista dos Estudiantes, dava assim nos adversários. Mas fala sério que aprendeu muito com ele. E com o rival técnico na Argentina – Cesar Luís Menotti, de escola mais ousada, ofensiva e vistosa.
Bauza diz que o que mais tem dificuldades para implementar no Brasil, mesmo semifinalista, é esse jogo ordenado. Ele elogia a qualidade técnica e criatividade do jogador brasileiro. Mas gostaria que ele soubesse entender e enxergar mais o jogo. O que necessita fazer sem a bola.
Não é novidade a análise dele. Mas vale sempre a reflexão. O brasileiro nasce "sabendo" jogar bola. Com a bola. E precisa aprender a recuperá-la. A jogar sem ela.
Por isso tanto problema para muitas de nossas equipes. Por isso foi ótima ideia tricolor apostar em um treinador que sabe organIzar um time. E com pouco elenco e dinheiro.
Bauza que adora futebol. Vê e vive muito. Do Brasil apreciava o Palmeiras de Felipão, campeão da Libertadores em 1999. E mais ainda o São Paulo de 1992, campeão com Telê.
Ele torceu demais pelo Tricolor. Não só pelo timaço que tinha. Mas por ter derrotado na decisão o Newell's Old Boys. Os rivais do Rosario.
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