Paulo Baier
Paulo César era um bom lateral-direito na metade final dos anos 1990. Botafogo, Atlético Mineiro e Vasco. Não sei se exatamente nessa ordem. Faz muito tempo… Cruzava muito bem, tinha uma técnica apreciável, mas não era exímio marcador. Enfim, um típico lateral brasileiro.
Paulo César rodou bastante e voltou ao Criciúma, em 2002. Série B. Havia um outro Paulo César. Virou Paulo César Baier. O que de fato era desde o berço em Ijuí, em 1974. Poderia ter virado Paulo César Gaúcho. Mas para encurtar e ficar diferente virou Paulo Baier.
E virou ala. Até artilheiro. Aproveitou a impresionante capacidade física para rodar mais o campo. Virou goleador. É o melhor peladeiro destes campos.
Goiás. Mais gols. Até o Palmeiras em 2006-07. Quando Leão tentou limitá-lo à lateral. Não era mais o caso. Saiu do clube meio mal. Não fez tudo o que se esperava depois pelo Sport. Mas no Arlético Paranaense virou lenda. Do Furacão e dos memes.
Resistência e resiliência e longevidade ganharam um novo velho nome. Paulo Baier. Como os Gattuso facts em relação à força, todas as piadas a respeito da idade passaram a ter uma cara. Paulo Baier. Era brincadeira. Mas ele sempre jogou sério.
Pena que o rosto dele lembre o de Eduardo Cunha. Mas a prática é outra. E foi ainda maior com o tempo que ele sempre driblou: de 2010 a 2015, até ser superado por Fred, o melhor e mais longevo de nossos peladeiros (como definir a posição dele?) foi o artilheiro do Brasileirão por pontos corridos. Sem ser atacante. Apenas um peleador. Muito mais que um peladeiro.
Paulo Baier ainda jogaria entre outros clube no Juventude. Ironia? Não. Fato. Neste domingo, no São Luiz da Ijuí dele, Baier pendurou as chuteiras, depois de 21 anos prestados ao futebol profissional.
Ele pode não ser craque ou mesmo ídolo. Mas um cara que por 21 anos faz o que gosta, e faz bem feito, no mínimo é um exemplo para quem teve dificuldade para sair da cama nesta segunda-feira brava.
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